Polo Alto José do Pinho leva artistas a comunidades carentes de Recife

Mesmo nas comunidades mais distantes, o Carnaval de Recife acontece com muita folia. O bairro de Alto José do Pinho, desmembrado de Casa Amarela, trouxe ao seu palco descentralizado nomes como Otto e Vattes & Viola na noite do último domingo, 19. O palco, montado no alto de um morro, traz a celebração mesmo aos locais mais carentes, visando a integração social com auxílio da música.

Entre as atividades no Alto José do Pinho, destacam-se concursos de melhor dançarino de frevo e outras gincanas. O comércio na região também é muito ativo, com o cheiro de churrasco aromatizando o ambiente por todo o tempo. Um dos únicos problemas observados pela reportagem é a dificuldade de locomoção pelo morro, como ambulâncias que tinham de atravessar ruas repletas de pessoas para chegar perto do palco. O estranhamento do visitante com a má iluminação de alguns locais nas favelas próximas também pode incomodar.

Apesar de boa parte da plateia parecer não ter intimidade com Otto ou com o som regional de Vattes e Viola, a musicalidade parece ser o grande ponto forte para atingir a população de Alto José do Pinho. O público dança e interage com os artistas, mesmo sem ter grande conhecimento do repertório. Sem dúvida, é uma opção alternativa para quem quiser ver uma apresentação única desses artistas, que fuja ao comum do que é observado em grandes capitais como Rio de Janeiro e São Paulo.

Ao longo dos últimos dias de Carnaval, o São José do Pinho ainda trará Criolo e Mundo Livre S/A, entre outros. A programação se estende até à meia-noite de terça, 21, com o show de conclusão do polo por conta da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, acompanhados pelos passistas da Cia de Dança da Bomba do Hemetério.

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