Em nova trajetória independente, cantora Rox foge das comparações a Lauryn Hill e Sade
Bruno Raphael Publicado em 21/01/2012, às 11h10
A cantora britânica Rox talvez seja a atração internacional menos badalada entre as previstas para subir ao palco do Summer Soul Festival, que acontece entre os dias 24 e 28 de janeiro em São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Belo Horizonte. No entanto, a jovem cantora descendente de jamaicanos promete compensar isso com um show animado e carismático, inspirado em Lauryn Hill e Sade, suas grandes influências.
De fala rápida e sotaque carregado, Rox, nascida Roxanne Tataei, se expressa com ansiedade a respeito dos shows no Brasil, dizendo que “é um sonho realizado” tocar na América Latina. Sua grande vontade, além de subir ao palco por aqui, é conhecer as praias brasileiras. Para mostrar que sabe do que está falando quando o assunto é nossa cultura, a britânica cita nomes como o mestre da bossa nova João Gilberto e o samba como um de seus gêneros prediletos. Ela deixa no ar se alguma surpresa com um toque brasileiro pode surgir no seu repertório, durante sua apresentação: “[risos] Eu ainda não pensei a respeito, mas agora que você falou...quem sabe?”
Elogiada pela crítica à época de seu surgimento, Rox foi vista como um dos grandes acontecimentos musicais no Reino Unido por volta de 2010. Seu primeiro álbum, Memoirs, foi lançado naquele ano e teve um sucesso, “My Baby Left Me”, que chegou ao top 100 das paradas inglesas. Mas isso não foi suficiente para que sua gravadora, a Rough Trade, quisesse continuar com ela. “De repente, eles decidiram que não queriam um segundo disco”, lamenta a cantora, que demonstra um talento para falar em terceira pessoa que, curiosamente, não soa egocêntrico. “Eu estou numa posição bem diferente da que eu estava antes, agora. Não tenho um empresário, não tenho uma gravadora e estou muito por minha conta. Eu andei ouvindo músicas muito diferentes, mas [o próximo disco] ainda vai ser um cheio da alma da Rox, e vai ter um lado sexy e divertido.”
Apesar de elogiosas comparações a ídolos do passado, como suas musas inspiradoras, ela rejeita referências. “É estranho quando as pessoas começam a comparar você [suspira]”, diz. “Quando eu as ouço [Sade ou Lauryn Hill], não vejo isso. Acho que ainda falta muito pra chegar ali. Mas é legal. Não estou reclamando, mas poderia! [risos]”
Indo na contramão de cantoras como a também atriz Juliette Lewis, que criticou a novidade do pop Lana Del Rey recentemente, Rox valoriza o trabalho da novata, principalmente as letras de suas canções. “Eu acho que ela é uma ótima artista!”, se empolga. “O lance dela não diz respeito à voz mas, liricamente e estilisticamente, ela é interessante. Ela tem algo que muitas pessoas não têm: a capacidade de ser uma estrela. Algumas pessoas nascem com isso e ela é uma dessas.”
Para poder visitar as praias brasileiras pelas quais tanto anseia, Rox só faz um pedido ao responsável pelos céus daqui: “Peça a este lugar para parar de chover! Eu fico vendo a previsão todo dia e é só chuva, chuva e chuva...[risos] Faça isso por mim!”
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