Como a maior noite da música conseguiu sair de uma sequência de audiências baixas e se tornou algo cool novamente
David Browne Publicado em 26/01/2014, às 17h33 - Atualizado às 18h38
Há oito anos, o Grammy estava passando por dificuldades. Após anos vendo a audiência subir e descer, a transmissão da cerimônia de 2006 teve uma queda vertiginosa, ao ponto de ter tido metade da audiência do episódio de American Idol que foi exibido naquela noite, nos Estados Unidos. O Grammy nunca tinha dado uma impressão tão ruim quanto nessa época. Mas a Academia de Gravação foi capaz de reverter essa tendência de forma definitiva nos últimos anos. Basicamente, fez isso voltando a dar ênfase em performances imperdíveis de grandes artistas, de Lady Gaga a Bob Dylan – e cortando o número de entregas de prêmios durante a transmissão para um quinto, em comparação ao que era mostrado antes na TV. A transmissão reinventada agora consegue todo ano trazer 25 milhões de espectadores, um número consideravelmente mais alto do que a média de um episódio de Idol. “Pode soar como uma heresia para a Academia de Gravação, mas o meio é a televisão”, diz Ken Ehrlich, o produtor de longa data da premiação. “Não há dúvida de que o Grammy se tornou um programa [de TV] de performances.”
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Quando a 56ª edição do Grammy for ao ar, na noite deste domingo, 26, os telespectadores verão performances únicas de Daft Punk (foto) com Stevie Wonder; Metallica com o pianista clássico Lang Lang; Madonna com Macklemore & Ryan Lewis, além de Paul McCartney, Katy Perry, Ringo Starr, Lorde, Pink, Taylor Swift, John Legend, Keith Urban, entre outros. O esforço para juntar artistas em combinações surpreendentes surgiu da mente de Neil Portnow, que é presidente da Academia de Gravação desde 2002. “Você quer diversidade, em termos de como essas performances serão – então pega, por exemplo, um nome muito clássico e junta com um novato”, diz Portnow. “É um programa de televisão, e nem tudo que constitui ótima música se traduz em ótima programação de TV.”
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Para os artistas, conseguir uma vaga boa para se apresentou se tornou algo mais do que desejável do que de fato ganhar um Grammy. “Se apresentar é um milhão de vezes melhor do que um troféu na sua prateleira”, diz Dan Reynolds, vocalista do Imagine Dragons, que fará um medley com Kendrick Lamar, este ano. Lembro quando vi o Mumford & Sons se apresentando no Grammy. Saí e fui comprar o disco deles.”
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