Em 3 de novembro de 1507, Leonardo da Vinci foi contratado formalmente para pintar o quadro - mas o caminho para a fama ainda era longo
Camilla Millan I @camillamillan Publicado em 03/11/2020, às 19h10
Com mais de 500 anos de criação, Mona Lisa é uma das obras mais conhecidas do mundo - assim como uma das mais presentes na cultura pop. Atualmente, a pintura de Leonardo da Vinci é objeto de estudo, obras fictícias e de fascinação, mas não foi sempre assim.
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É muito provável que você já tenha ouvido falar do sorriso enigmático, do olhar intenso ou dos segredos por trás da famosa tela. Contudo, a jornada até a popularidade foi longa - e repleta de reviravoltas.
Em 3 de novembro de 1507, Leonardo da Vinci foi oficialmente contratado para concretizar o quadro. A mulher retratada na pintura é um mistério, mas uma das hipóteses mais aceitas é que se trata de Lisa Del Giocondo, esposa do rico comerciante italiano Francesco del Giocondo.
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Na época da criação da pintura, o rei Francisco I de França teria comprado a obra, que passou a ser exibida em Fontainebleau e, posteriormente, no Palácio de Versailles. Apenas após a Revolução Francesa, a obra passou a ser exibida no Museu do Louvre, onde está até hoje.
A partir da exposição no Louvre a obra ficou famosa, mas não foi pela beleza ou técnica da pintura de da Vinci. Na verdade, Mona Lisa alcançou popularidade após ser roubada do museu.
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Em 21 de agosto de 1911, uma segunda-feira, dia no qual o museu estava fechado, Vincenzo Peruggia conseguiu entrar e, sem muita engenhosidade, roubar Mona Lisa. De acordo com uma matéria da BBC, só sentiram falta do quadro na terça-feira - e aí foram mais de dois anos para recuperarem a pintura.
Peruggia trabalhou no museu em 1910, e ele teria sido a pessoa que instalou o vidro que protegia a obra. Além disso, o ladrão ainda tinha o uniforme do local - o que facilitou o roubo.
Apenas em 10 de dezembro de 1913, Peruggia foi capturado. Ele tentou entregar a obra a Alfredo Geri, um vendedor de antiguidades de Florença, na Itália. Enquanto a pintura estava perdida, o roubo ganhou espaço na mídia internacional - o que potencializou o sucesso de Mona Lisa.
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Com a cobertura da mídia, a imagem da obra passou a circular em diversos países. Darian Leader, autor do livro Roubando a Mona Lisa: o que a arte não nos deixa ver (via BBC), explicou: "A imagem começou a aparecer em noticiários cinematográficos, caixas de chocolate, postais e anúncios publicitários. De repente, ela se transformou em uma celebridade como estrelas de cinema e cantores".
Até o pequeno espaço no qual a pintura estaria no Louvre passou a ser visitado - mesmo que fosse apenas um vazio, já que a obra ainda estava perdida. Dessa forma, quando foi recuperada, Mona Lisa já tinha se transformado em um sucesso.
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Atualmente, o quadro, que mede 53 por 77 centímetros, é visitado por milhões de pessoas todos os anos. Estima-se que o Museu do Louvre, o mais visitado do mundo, receba 10 milhões de visitantes - sendo 80% deles exclusivamente para ver a pintura de da Vinci.
A grande fila e demora para tirar uma foto de Mona Lisa, inclusive, é grande fator negativo citado por visitantes do Louvre. A obra é tão popular que todos querem chegar perto e registrar a pintura de da Vinci no celular.
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