Algumas canções dos icônico quarteto levaram um bom tempo para ser finalizadas, outras uma eternidade
Redação Publicado em 14/08/2019, às 13h38
Existem mais músicas brilhantes escritas por Paul McCartney do que você pode imaginar. Mas algumas delas, claro, se destacam. Um exemplo dessas composições é "Hey Jude", que mantém um sucesso pleno mesmo meio século depois da gravação, em 1968, ao lado dos Beatles.
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A clássica faixa foi escrita de Paul para o filho de John Lennon, Julian, e se tornou o primeiro lançamento da gravadora da banda na Apple. Além dela, temos "Yesterday", uma das músicas mais tocadas na história do rádio e "Penny Lane", que não poderia ter sido escrita por nenhum outro integrante de outra banda além de McCartney.
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Mas era de se esperar, atingir esse nível de perfeição - e sucessos, não foi fácil. A partir do momento em que McCartney apresentava uma música no estúdio, todos já sabiam que a canção levaria um bom tempo para ser finalizada. Algumas levaram uma eternidade.
Quando The Beach Boys lançou Pet Sounds, em 1966, um dos maiores fãs do disco foi McCartney. Então, quando George Martin e Geoff Emerick ouviram McCartney dizer que ele queria algo "realmente limpo" para a sua música, eles não ficaram surpresos.
"Eu estava convencido de que a melhor maneira de dar a Paul o que ele queria era gravar cada instrumento totalmente por conta própria", lembrou Emerick em Here, There e Everywhere.
É natural que a banda tenha uma faixa de ritmo com instrumentos de apoio (guitarras, piano, baixo e bateria), overdub, solos e outras coisas. Mas nensse caso, cada parte da sessão rítmica teve sua própria sessão. E começou da maneira mais lenta possível.
"Durante alguns dias, os Beatles se sentaram no fundo do estúdio e observaram Paul fazer camada por camada e trabalhando completamente por conta própria", escreveu Emerick.
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No início daquele ano, Emerick e os outros integrantes quase surtaram quando passaram três dias inteiros gravando "Here, There and Everywhere", de McCartney.
Antes da banda mergulhar em "Penny Lane", todos do estúdio ficaram felizes em finalizar duas músicas nas primeiras três semanas de sessões do Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band.
Depois de tirar todos os instrumentos do caminho, os Beatles passaram uma noite estudando os efeitos sonoros, inclusive o sino de bombeiro, e Martin passou dias escrevendo e organizando uma orquestra, além dos backing vocals de Paul.
Mas tudo isso não foi o suficiente. Quando, finalmente, todos acharam que tinham a música finalizada, Paul queria que o trompetista principal da Orquestra Filarmônica Real colocasse um solo de flauta trompete no disco. Assim como em Revolver, que ele fez com que um trompista francês participar do disco.
Esse período foi definitivamente bem cansativo para os Beatles. Mas não havia dúvidas que a banda havia mudado.
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