Há décadas o icônico quarteto é apontado como uma invenção socialista afim de destruir a moralidade e o capitalismo
Redação Publicado em 12/12/2019, às 12h04
Não é de hoje que existem rumores de que algumas bandas como os Beatles e o Elvis Presley conspiraram por décadas, ao lado da União Soviética, para tentar destruir a moralidade e o capitalismo.
Em 1966, por exemplo, um DJ do Alabama decidiu que era hora de "banir os Beatles" pelos comentários que os integrantes do quarteto faziam.
A fala de John Lennon - "o Fab Four é mais popular que Jesus" - fez com que o público cristão e conservador do DJ se revoltasse, e resultou em algumas músicas do grupo proibidas em várias estações de rádio dos Estados Unidos.
Embora Lennon tendo acalmado um pouco as coisas em coletiva de imprensa, a hostilidade (e ameaças de morte) ainda chegavam à banda - que fez uma turnê pela América na época.
Antes mesmo de Paul McCartney admitir que tomava LSD e os Beatles meditavam, o conservador John Birch Society já havia apontado essas influências. Quando eles gravaram o The White Album, em 1968, que inclui a "Back in the URSSR", alguns acusaram a banda de simpatizarem com os comunistas.
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Os críticos ficaram "sem palavras" depois de ouvirem a letra de "URSS" de McCartney. O músico escreveu a faixa enquanto a banda estava na Índia meditando com um grupo que incluía Mia Farrow e Mike Love, do Beach Boys.
McCartney compos a faixa como uma paródia de "Back in the USA", de Chuck Berry, com um toque dos Beach Boys.
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Mas, em vez de falar sobre a alegria de Berry em retornar do exército, McCartney escreveu como um espião que havia retornado à União Soviética depois de passar muito tempo distante. Algumas pessoas acharam que ele estava falando sério quando cantou "Venha e mantenha, camarada [termo de forte conotação política entre militantes de um único partido] quente".
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David Noebel foi um deles. Autor de Os Menestréis Marxistas — Manual Sobre a Subversão Comunista da Música, ele afirmou que "John Lennon e The Beatles eram parte integrante do ambiente revolucionário e receberam notas altas da imprensa comunista".
Após ter afirmado que a imprensa comunista amava os Beatles, Noebel discutiu sobre o impacto disso sobre os americanos amantes da liberdade. Milhões de fãs, no entanto, levaram a letra exatamente pelo que ela era: uma música de rock com algumas boas piadas.
Mesmo décadas depois, o novo presidente da Funarte, Dante Mantovani, declarou recentemente que os Beatles foram invenção socialista para fazer garotas abortarem, e que a motivação do grupo era era desestabilizar a "família tradicional americana" e acabar com o ocidente.
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