Até o Fab Four sofreu com alegações de violação de direitos autorais em alguns clássicos
Redação Publicado em 03/04/2020, às 10h57
Ao longo da história da indústria fonográfica, sempre houve músicas recém gravadas que soaram com algo que já foi feito. Caso a semelhança seja demais - ou até mesmo uma cópia -, o compositor da música original costuma recorrer à justiça. Um exemplo foi o que aconteceu com Robin Thicke, que teve que pagar milhões aos responsáveis pelo legado de Marvin Gavye, por "Blurred Lines", em 2015.
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Em outros casos, essas reivindicações pela obra podem levar décadas. Jimmy Page, do Led Zeppelin, conhece bem esse processo. O músico já foi testemunhar em um tribunal por alegações de violação de direitos autorais de "Stairway to Heaven" - e até hoje enfrenta questões legais sobre a clássica música.
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Claro que, até com os Beatles, isso não seria diferente. Mas por que eles são acusados de plágio tantas vezes? Para entender, precisamos voltar na história de John Lennon com Chuck Berry. O músico disse uma vez que o nome "rock and roll" poderia ser facilmente substituído por Chuck Berry - e esse respeito era mútuo. Berry não cansou de falar do quanto adorava os Beatles e que "Yesterday" era a única música que ele gostaria de ter escrito.
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Sendo assim, Berry sempre foi uma figura presente para os Beatles desde o início da carreira. Como já relatado pela Rolling Stone EUA, Paul McCartney precisou admitir que roubou a linha do baixo de "I'm Talking About You" de Berry em "I Saw Her Standing There".
Embora esse fato nunca tenha levado a alguma ação legal, a banda, e principalmente Lennon, foi pega no flagra outras vezes. Em "Come Together", clássico do Abbey Road, por exemplo, Lennon cita Berry em um trecho - e isso deu à editoa musical de Berry uma abertura para um processo. Os advogados de Lennon foram obrigados a concordar após admitir que o músico era fortemente influenciado musicalmente por Berry.
Ainda assim, os Beatles não tentaram, em momento algum, esconder as próprias influências, mas eles entenderam que chegar muito perto dessas influências em um processo criativo poderiam levá-los a ter problemas legais.
Em uma das últimas entrevistas de Lennon, o músico toca no assunto da violação de direitos autorais de "My Sweet Lord": "George [Harrison] poderia ter mudado a base dessa música, mas ninguém jamais o tocaria".
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"Ele simplesmente deixou para lá e pagou o preço".
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