Novo ano da série da HBO estreia neste domingo, 24
Stella Rodrigues Publicado em 23/04/2016, às 10h36
Quando a série brasileira O Negócio começou a ser escrita, em 2008, o mundo enfrentava uma crise na economia que ainda repercute. O piloto da atração da HBO, que estreou algum tempo depois, situava claramente esse momento e cravava que, em momentos de falta de estabilidade, as empresas que lucram são aquelas que investem em formas de distrair os que foram atingidos. Estava armada a premissa para que Karin (Rafaela Mandelli), Luna (Juliana Schalch) e Magali (Michele Batista) crescessem cada vez mais em um ramo repleto de possibilidades, o da prostituição. Usando estratégias do mundo empresarial de uma maneira completamente inesperada, Karin conseguiu valorizar seu produto (ela mesma, de início) e, a partir dele, criar uma grife associada à combinação campeã de luxo e luxúria. “As técnicas da Karin são exemplos de como é possível usar inteligência e determinação para se destacar e aprimorar seu trabalho e seus investimentos. Muitas vezes ficamos fechados em um modelo de ação que nos limita”, filosofa Juliana. “Muita gente me pergunta. ‘Será que se eu usar isso no meu trabalho vou conseguir alguma coisa?’ Inclusive, passam a série em faculdade de marketing”, se diverte Rafaela.
Anos depois, já na terceira temporada, que estreia este mês, o Brasil, especificamente, enfrenta uma crise e as três parecem ganhar mais dinheiro do que nunca, comprovando a premissa inicial. As personagens evoluíram e mudaram as regras do jogo. Agora, elas têm todo o dinheiro com o qual poderiam sonhar, largam a prostituição, mas precisam encontrar seus respectivos lugares no mundo. “Mostra o difícil processo de renovação”, conta Aline Jones, que ingressa no elenco neste terceiro ano como Mia. “Expõe o passo a passo do desafio de se reinventar.”
“Elas queriam muito se firmar como empresárias, mulheres de negócios, e conseguem, mas aí, quando estão com a situação financeira resolvida, não estão felizes”, afirma Michele. “Isso coloca em xeque as escolhas. Talvez seja o momento de pararem para ver do que precisam em seguida.”
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