- Foto que representa a lista do século XVII do projeto (Foto: Reprodução/Donne)

Projeto reúne nomes de compositoras mulheres silenciadas ao longo da história; conheça Donne

Projeto conta com mais de 5 mil artistas listadas

Redação Publicado em 10/11/2020, às 13h05

Recentemente, o projeto Donne, banco de dados que reúne lista de mais de 5 mil mulheres compositoras silenciadas ao longo da história, ficou ainda maior com o lançamento de uma nova plataforma virtual no site. Agora, os visitantes poderão fazer pesquisas com diversas combinações de diferentes parâmetros, como identidade étnica, sexual ou de gênero, nacionalidade, gênero musical, período, localização, entre outros.

Donne representa o desejo por mudanças maiores e mais rápidas na indústria musical, domiada por homens. O projeto foi criado pela cantora lírica brasileira Gabriella Di Laccio, que é residente de Londres, Inglaterra, há 19 anos e luta pela ampliação dos espaços dedicados às mulheres compositoras desde 2018, ano em que o banco de dados foi lançado.

Inclusive, a criadora vê o atual momento em que vivemos como crucial para o projeto: "Com a indústria musical ameaçada pela pandemia, será que corremos o risco de recuar na luta pela igualdade e diversidade? Com muito mais conteúdo disponível online, devemos ver este momento extraordinário como uma oportunidade."

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A artista vê o crecimento e a luta de Donne nos últimos dois anos com muito aprendizado. "Aprendi como é fácil trazer igualdade e diversidade para as salas de concertos. O público está muito disposto a ouvir repertórios novos se você dedicar algum tempo para pesquisar e apresentar obras com verdadeira paixão artística. E que viagem inspiradora e fascinante isso pode ser", disse Gabriella.

Nos dias de hoje, das músicas tocadas na rádio, 90% delas são compostas por homens brancos. Então, o projeto tem um caminho longo e com diversos desafios pela frente: "Assim, o ciclo desigual se perpetua e a audiência, que é o ponto final deste processo, nunca tem a chance de ouvir música de qualidade feita por mulheres sendo executada ou gravada."

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Para Gabriella Di Laccio, a luta pela igualdade precisa ser algo constante. "A conscientização para a igualdade, inclusão e diversidade não pode ser uma iniciativa especial que ocorre em dias de celebração", explicou. "Devem ser ações diárias de todos nós para desafiar estereótipos, combater preconceitos e garantir a criação de uma sociedade onde qualquer pessoa possa se ver em qualquer posição."

"Não vamos desperdiçar mais um século falando sobre as mulheres esquecidas e as vozes esquecidas, porque se elas são esquecidas, somos nós que as esquecemos. Eu realmente acredito que podemos fazer melhor. A diversidade traz força e a igualdade é um direito fundamental. O que está nos impedindo?", finalizou.

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Para ver a lista, clique aqui.

Já para o site oficial de Donne, clique aqui.


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