De One Day At a Time, da Netflix, a Doctor Who, clássico britânico: algumas refilmagens que valem a pena serem vistas
Rolling Stone EUA. Tradução: Mariana Rodrigues | @marigues_ (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 08/02/2021, às 20h07
Basta olhar a reação dos fãs (algumas positivas, outras nem tanto) sobre o anúncio da sequência de Sex and the City para perceber o risco de trazer de volta antigos programas de TV. Mas, quando funciona - seja uma continuação da série original ou uma nova versão com título semelhante - pode ser algo emocionante. Aqui estão nossos 10 reboots favoritos: cinco revivals com alguns ou todos os atores originais, e cinco reboots feitos do zero.
A série original dos anos 1980 - sobre as aventuras de Tio Patinhas e seus sobrinhos-netos Huguinho, Zezinho e Luizinho - é adorada pela Geração X e Millennials, por conta das lembranças ao assisti-la depois da escola. Mas, a nova versão - estrelando David Tennant como Tio Patinhas, Danny Pudi como Huguinho, Ben Schwartz como Zezinho e Bobby Moynihan como Luizinho - é como uma mistura ainda melhor de comédia e aventura, com o bônus da presença da amiga dos meninos, Webby (Kate Micucci).
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O melhor da TV é quando um programa acontece ao mesmo tempo na vida dos personagens e de quem os interpreta. A maioria dos revivals não sobrevive a essas mudanças de contexto - o comportamento da Rory Gilmore com 32 anos é bem menos interessante se comparado a ela agindo da mesma forma quando era adolescente - mas, The Conners (a única temporada revivida de Roseanne, feita antes do protagonista ser demitido por tweets racistas) transformou o novo contexto em uma vantagem. Os Estados Unidos onde Dan, Darlene, Becky e o resto da família agora se encontram é muito mais duro e caro para se viver em comparação com Roseanne, mas a série se aproveita disso para manter o mesmo espírito dos episódios dos anos 1990.
Relativamente nova nessa moda, e uma das poucas coisas para se sentir bem na televisão em 2020, a versão atual da série de romances infantis de Ann M. Martin (adaptada para a TV em 1990) trouxe as jovens heroínas do ensino fundamental para o mundo moderno. Simultaneamente, provoca a sensação de voltar para tempos mais simples e histórias com narrativas suaves. Algo encantador.
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Essa aqui precisa de um enorme asterisco, pois estamos contando apenas os episódios não escritos e dirigidos por Chris Carter, criador original da sensação de ficção científica dos anos 1990 sobre uma dupla de agentes do FBI tentando provar ou desmascarar mistérios, aparentemente, sobrenaturais.
As tentativas de Carter de inventar uma nova teoria da conspiração do governo foi desastrosa em todos os níveis, com diálogos tão ruins a ponto de David Duchovny e Gillan Anderson não parecerem bons atores.
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A minissérie original de 1976 - adaptada do bestseller de Alex Haley sobre a história da escravidão da sua família nos Estados Unidos - não foi só um dos programas mais assistidos da história da televisão, como também um dos mais importantes, estabelecendo um padrão extremamente alto para qualquer tentativa de reviver o enredo.
Mas a versão de 2016 no History tinha um elenco impecável (incluindo Malachi Kirby como o ancestral de Haley, Kunta Kinte, e a futura estrela de Bridgerton, Regé-Jean Page, como o neto de Kunta, Chicken George) e encontrou maneiras de modernizar a narrativa sem perder a essência responsável pelo sucesso do livro e do programa original.
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Peter Falk é um daqueles atores que parecem ter nascido velhos. Então, quando ABC trouxe ele de volta após um longo hiatus de uma década do seu icônico papel na NBC como o, aparentemente, atrapalhado, mas secretamente brilhante policial tenente Columbo, não importava o fato dele estar em seus 60 anos - nem de continuar interpretando o papel até seus 70 anos. Bom tenente só precisava da sua inteligência. Apenas mais uma coisa…
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A série de ficção científica sobre o imortal viajante do tempo e espaço foi uma instituição da TV britânica por décadas, constantemente alternando atores quando o Doutor morria e "renascia" com um novo rosto e personalidade. Mas, a BBC cancelou a versão original em 1989 e levou 16 anos para o Doutor voltar propriamente - interpretado na versão moderna e inteligente por Christopher Eccleston, David Tennant, Matt Smith, Peter Capaldi e agora Jodie Whittaker - com o aumento significativo do orçamento, dessa forma os episódios não pareciam mais filmados no porão de alguém.
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A sitcom dos anos 1970 de Norman Lear sobre uma mãe solteira criando duas adolescentes voltou com uma história ainda mais atual da veterana do exército cubuna-estadunidense (Justina Machado) com duas crianças, uma mãe dramática (Rita Moreno), e uma tendência a se envolver em todas as questões urgentes do momento.
Uma maravilhosa e calorosa mistura do velho e do novo, tornou-se a rara série a sobreviver ao cancelamento da Netflix, apenas para terminar pela segunda vez quando sua nova casa, Pop TV, saiu do ramo da televisão com roteiro.
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Vinte e cinco anos depois, David Lynch e Mark Frost revisitaram seu clássico drama cult de mistério dos anos 1990 sobre acontecimentos estranhos na cidade de Pacific Northwest - e fizeram isso de uma maneira lynchiana igualmente desconcertante (Kyle MacLachlan basicamente interpretou seu personagem original, o otimista agente do FBI Dale Cooper, por cerca de cinco minutos) e emocionante (um longo episódio em preto e branco sobre o nascimento do mal), e muitas vezes ambos ao mesmo tempo.
O padrão de ouro para reboots e que deveria ser um objeto de inspiração para qualquer um procurando tirar a poeira de uma propriedade intelectual útil. O truque não é refazer um amado clássico, porque há pouca vantagem nisso, mas é achar um projeto com uma excelente ideia e execução ruim. Então, uma cópia brega de Star Wars sobre uma frota de naves espaciais procurando por um novo planeta foi reinventada como uma alegoria do 11 de Setembro no espaço.
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