O produtor relembrou o conflito ao lado do vocalista Serj Tankian
Redação Publicado em 22/04/2021, às 11h49
Rick Rubin, produtor do disco Toxicity (2001), do System of A Down, revelou que a banda quase se separou após uma briga por causa da letra de "Needles". No novo episódio do podcast Broken Record, Rubin relembrou o conflito em uma conversa com Serj Tankian. (Via NME)
O líder da banda contou que o refrão da canção originalmente dizia "Tire a tênia da minha bunda", mas Daron Malakian e Shavo Odadjian não aprovaram o verso e insistiram em mudá-lo para não parecer "vulnerável".
“Parecia que a banda poderia ter se separado por causa da letra. Foi tão extremo, mas mostra a paixão da banda. Existe uma verdadeira paixão que é incrível. O fato de que uma letra, uma insignificante... uma palavra e, talvez, uma linha cômica é suficiente para potencialmente separar uma banda ou descartar uma ótima música. Essa era outra possibilidade,” disse Rubin.
Tankian explicou que não vê problemas em se mostrar vulnerável e que essa é uma atitude característica do metal. O músico disse que, no final, ele só precisou trocar o "minha" por "sua" para conseguir a aprovação dos colegas.
"Gosto de mostrar vulnerabilidade na nossa música. Não me importo de mostrar isso, porque acho que, como artista, você está vulnerável de qualquer maneira. Ou você mostra ou você não mostra. Mas a atitude do metal é: ‘Nem pensar, cara. De jeito nenhum, nós somos metal!' Eu acho que era isso mais do que qualquer outra coisa."
Tankian também disse: “E tudo o que tivemos que fazer foi mudá-lo para 'sua'. 'Tire a tênia da sua bunda'. 'Minha' tornou-se 'sua' e, então, na parte do meio, em que estou cantando 'Puxe a tênia fora de mim', eles concordaram com isso. Você provavelmente pensou: 'Esses caras são malucos.'”
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É difícil imaginar como seria o rock sem Eddie Van Halen. Assim como Jimi Hendrix, Jimmy Page e Eric Clapton antes dele, Van Halen mudou o vocabulário da guitarra para uma geração. Seus dedos pirotécnicos e explosões melódicas redefiniram o solo de guitarra e inspiraram legiões de pessoas.
Independente do que tocava, fazia com alma. Para honrar o herói, morto em 6 de outubro de 2020, aos 65 anos, selecionamos sete dos melhores solos — de momentos inesquecíveis aos inexplicáveis — os quais mostram como era brilhante.
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"Ain't Talkin' 'Bout Love" (1978)
O quarto single do disco de estreia do Van Halen é, até hoje, um favorito dos fãs. Escrito como paródia do movimento punk, “era bobo — apenas dois acordes,” revelou Eddie Van Halen ao Guitar World. O guitarrista diminuiu a ferocidade do solo, e entregou um zumbido melódico quase herdado de um disco do Sex Pistols ou Buzzcocks.
Talvez por isso “Ain’t Talkin’ ‘Bout Love” impactou o gênero o qual tentou falsificar: foi um dos primeiros solos que Billie Joe Armstrong, do Green Day, aprendeu. T.B.
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Michael Jackson, "Beat It" (1982)
Steve Lukather, da banda Toto, foi o guitarrista principal no disco Thriller (1982), de Michael Jackson. Contudo, para o solo de “Beat It,” o produtor Quincy Jones queria Van Halen. Quando Eddie chegou na sessão, Jackson trabalhava em um estúdio ao lado e o guitarrista convenceu Jones a reconfigurar o arranjo da música para acomodar sua ideia para o solo.
“Estava terminando minha segunda tomada quando Michael entrou,” Van Halen disse à CNN em 2012. “Ou mandaria os seguranças me expulsarem por estragar a música, ou adoraria. Escutou, virou para mim e disse: ‘Muito obrigado por vir com a paixão de tocar um solo e por fazer da música melhor.’”
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O mashup beneficiou os dois: Jackson teve um sucesso no número um das paradas, e Van Halen se tornou uma estrela do rock, além de um herói do heavy metal. T.B.
"Panama" (1984)
Com tanta sugestividade sexual na letra, um ouvinte casual poderia pensar que “Panama,” terceiro single do disco 1984, foi inspirado por uma noite de festa na América Central. Na verdade, é sobre um carro de corrida o qual chamou atenção de David Lee Roth em uma pista em Las Vegas, EUA.
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O solo de Van Halen, com influência de Chuck Berry, é acelerado e contém uma gravação do motor da Lamborghini do próprio guitarrista para dar mais profundidade ao som. T.B.
"Jump" (1984)
“Jump” se tornaria o primeiro (e único) single número um da banda, mas levou vários anos para Eddie Van Halen vender a ideia da música para os companheiros. “Quando toquei pela primeira vez, ninguém queria nada com ela,” disse a Chris Gill em 2014.
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“Dave disse que eu era um guitarrista e não deveria tocar teclado. Minha resposta foi: se eu quiser tocar tuba ou um apito Bávaro, vou.” Van Halen se certificou de que a guitarra em “Jump” era sucinta e bem construída, e o acompanhou de um solo de teclado inspirado. Consolidou-se como um mestre em não apenas um, mas dois instrumentos. T.B.
"Eruption" (1978)
Vá ao Youtube e digite “Cover de Eruption,” e encontrará crianças de 12 anos reproduzindo o solo de Eddie de um minuto e 42 segundos com extrema precisão. É menos sobre o nível de dificuldade e mais sobre o status perante os padrões da música moderna.
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Existem os solos de guitarra “pré-Eruption,” e tudo (todos os anos 1980) o que veio depois. Claro, Eddie não foi o primeiro a tocar uma nota no braço da guitarra, mas, como explicou em 1978, outros “colocavam o dedo para acertar apenas uma nota. Eu disse: ‘Ninguém está usando isso direito…’ Então comecei a brincar e percebi como era uma técnica completamente diferente e nova. Esse som mudou o DNA das guitarras do rock para sempre. R.B.
"Right Now" (1991)
Segundo Sammy Hagar, “Right Now” começou quando ele e Eddie queriam falar de assuntos sérios. A ideia adulta, com a letra sincera de Hagar e o teclado sério de Eddie encobrem o fato da música ter um solo incrível com melodias extremamente fáceis de acompanhar cantando. R.B.
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"Ice Cream Man" (1978)
Durante o primeiro minuto, “Ice Cream Man,” um cover de uma música dos anos 1950, tem apenas violão e letras com duplos sentidos velados. Quando Eddie entra com a guitarra principal, domina completamente a música. Van Halen chamou a música de “uma mudança das coisas barulhentas características da banda” — mas ainda era o som mais barulhento comparado a 50% das canções lançadas em 1978. R.B.
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