Em meio à polarização em relação a franquia, é hora de organizar os erros de cada um dos filmes mais criticados de Star Wars
Vinicius Santos Publicado em 04/01/2020, às 16h00
Não, nenhum desses dois filmes da franquia Star Wars chega a ser horrível, mas A Ameaça Fantasma (1999) e A Ascensão Skywalker (2019) foram recebidos com ampla decepção pelos fãs da saga e críticos especializados.
No momento da publicação deste texto, ambos são os longas com pior nota da franquia na plataforma Rotten Tomatoes, com 53% de aprovação para o Ep. 1 e 54% para o Ep.9.
Para chegar a uma conclusão de qual é de fato o pior de todos os nove filmes, é necessário, então, pesar os erros das duas produções.
E conforme citados pelo site Screen Rant, abaixo estão alguns motivos para colocar no ringue Ameaça Fantasma contra A Ascensão Skywalker na disputa dos longas mais odiados de uma das sagas mais famosas do mundo do cinema.
O Imperador Palpatine é um ótimo vilão, capaz de sustentar as duas primeiras trilogias, mas ele precisava voltar dos mortos? A decisão de torná-lo avô de Rey foi muito controversa também, já que em Os Últimos Jedi (2017) foi declarado que os pais dela não eram pessoas especiais, fato que o filme seguinte contradiz.
Além disso, não há dica do retorno de Palpatine nos dois primeiros filmes, então essa decisão pareceu uma solução confusa e feita em cima da hora.
O filme peca por não inovar e se basear majoritariamente em conceitos já aprovados pelos fãs. Mais uma Estrela da Morte, o herói ser parente do vilão, a redenção de um dos vilões, falas e cenas praticamente copiadas de trechos clássicos da trilogia original, e por aí vai.
A falta de originalidade foi um dos maiores pontos de polarização entre público e críticos.
Uma questão que não aflige A Ameaça Fantasma, mas complica muito A Ascensão Skywalker era o dever colossal que o longa atual teve de finalizar a saga Skywalker de forma satisfatória. E ao apresentar um resultado que provocou a decepção e polarização dos fãs, o capítulo final não chegou nem perto de ser a grande celebração a Star Wars que prometia ser.
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O filme parece mais um suspense político sem sal do que uma épica space opera que é Star Wars, sem saber a qual aspecto da história dar foco.
E não para por aí: é fácil apontar péssimas decisões de roteiro, como colocar Anakin, o protagonista, pela primeira vez em cena após uma hora de filme, matar um dos vilões mais legais da saga (Darth Maul) logo de cara e simplesmente mergulhar em um mar de falta de explicações do enredo que torna difícil sequer entender sobre o que se trata o longa.
George Lucas tentou ousar e fazer os primeiros personagens inteiramente CGI do cinema, mas as limitações tecnológicas e de direção prejudicaram fatalmente a empreitada.
Há momentos em que os atores simplesmente não fazem ideia de como interagir com os personagens que são inseridos na pós produção, e o filme não tem o charme dos efeitos práticos da trilogia clássica, que envelheceram muito melhor.
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Talvez o pobre Jar Jar seja a pior decisão da história de Star Wars. E não, isso não é uma afirmação baseada exclusivamente no visual digital bizarro, mas pela representação quase que preconceituosa do personagem.
O sotaque jamaicano, as limitações intelectuais pejorativas, a atuação irritante do alienígena são desrespeitosas e estereotipadas, e ainda por cima ele foi claramente feito para vender bonecos posteriormente ao filme, o que complicou ainda mais a imagem da franquia na época.
Vale lembrar que o foco em vender produtos ao invés de contar uma boa história também é um erro perpetuado por A Ascensão Skywalker.
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