O grupo gravava White Album quando o baterista levantou e foi embora - voltou algumas semanas depois com uma das canções mais divertidas do grupo
Redação Publicado em 22/06/2020, às 13h02
Enquanto gravavam o White Album, os Beatles estavam no ápice do estresse. A banda mal se mantinha junta - mas Ringo Starr era um oásis de paz, como explicou Geoff Emerick, engenheiro de som da banda, no livro Here, There and Everywhere… Até ele cansar das críticas e abandonar o grupo.
“Sempre me impressionei com a maneira que Ringo conseguia se reerguer no dia seguinte, fresco e pronto para outra maratona de bateria.” Tudo saiu dos trilhos, porém, durante a gravação de “Back in the U.S.S.R” e as críticas infindáveis ao músico.
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“Não existia mais magia, e os relacionamentos eram terríveis,” relembrou Starr na Beatles Anthology. “Não conseguia mais aguentar. E não era só eu; tudo estava desmoronando” quando Ringo decidiu sair do grupo em 1968, e foi para Itália, onde morava a família dele.
Meio sem rumo, Starr passou algumas semanas num barco, na costa de Sardenha, com a família. Foi quando comeu polvo pela primeira vez - e começou a aprender tudo sobre o animal, como explicou no Beatles Anthology:
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“Fiquei no deque com o capitão enquanto falávamos sobre polvos. Ele explicou como eles moram na caverna, e andam por aí procurando pedras brilhantes e tampas de lata para colocar na frente da caverna, como um jardim. Achei isso fabuloso, parecia uma boa maneira de viver, porque naquela hora só queria estar debaixo do mar, também.”
Da experiência, nasceu “Octopus's Garden” (em português, jardim de polvo), faixa do icônico Abbey Road. Starr a compôs ainda no barco, com um violão que levou. Os versos retratam o sentimento: “Queria estar no fundo do mar / num jardim de polvo, na sombra / estaríamos aquecidos abaixo da tempestade / no nosso esconderijo entre as ondas.”
Para George Harrison,esse é um dos melhores trabalhos de Starr para os Beatles. Em 1969, de acordo com BeatlesEBooks, ele declarou: “Acho a letra bem profunda. Partes como ‘estaremos aquecidos debaixo da tempestade,’ o que é realmente ótimo. Porque é como estar realmente na tempestade, e você meio que se aprofunda na própria consciência, é muito pacífico. Então, Ringo escreveu essa música cósmica sem perceber.”
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