Quando John Lennon percebeu que era o fim dos Beatles?

Os últimos anos dos Beatles foram conturbados e turbulentos. Diversas brigas entre os integrantes deixavam claro que a banda estava caminhando para o fim. Mas qual foi, afinal, o momento decisivo?

Para John Lennon, aconteceu em agosto de 1967, com a morte de Brian Epstein, o agente da banda. “Eu sabia que era um problema desde então. Eu não tinha, realmente, nenhuma dúvida de nossa habilidade de fazer qualquer coisa que não tocar”, explicou para a Rolling Stone em 1970.

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O baque foi enorme para o quarteto. Epstein acompanhou a carreira dos Beatles desde o início, lá na época de Liverpool. “Eu fiquei em choque. Eu não sei se já passou por isso, mas eu vi muita gente morrer e o sentimento é ‘o que eu posso fazer?’ [...] E já tinha dado [para os Beatles]. E aí a gente se separou”, acrescentou.

Sem o agente, os Beatles ficaram sem ninguém para comandar, e Paul McCartney resolveu assumir a responsabilidade, mas Lennon torceu o nariz. “O Paul tomou a frente e supostamente nos guiava. Mas o que seria guiar quando só andávamos em círculos? Essa foi a desintegração”, opinou.

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White Album foi o primeiro disco da banda depois da morte de Epstein. Para Lennon, o álbum não foi nada além de “um monte de letristas que usaram os outros Beatles como uma banda de apoio”. Antes do término anunciado em 1970, o grupo ainda lançou Yellow Submarine (1969), Abbey Road (1969), e Let It Be (1970).

Depois disso, todos os integrantes seguiram carreira solo, e o atrito entre Lennon e McCartney continuou discretamente. Eles só voltaram a gravar juntos uma vez, em 1974, mas a sessão nunca foi editada oficialmente, embora tenha um disco pirata lançado em 1992. 

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