Em entrevista à Variety, Quentin Tarantino revelou que não mataria nem um inseto para gravar seus filmes
Redação Publicado em 14/06/2023, às 18h53
Em entrevista à Variety, Quentin Tarantino revelou que se recusa a matar animais em seus filmes, e que essa seria um limite da violência que sabe que não pode cruzar.
Eu tenho uma grande coisa sobre matar animais em filmes. Essa é uma ponte que não posso cruzar”, disse Tarantino. “Insetos também. A menos que seja algum documentário bizarro, mas não estão pagando para ver uma morte real."
Parte da maneira como tudo isso funciona é que tudo é apenas faz de conta. É por isso que aguento as cenas violentas, porque estamos todos só brincando.”
O diretor explica que consegue criar cenas violentas por considerar tudo uma "brincadeira" e por isso não vê necessidade de matar qualquer animal em suas gravações.
Algum animal, algum cachorro, alguma lhama, alguma mosca, algum rato, não dá a mínima para o seu filme. Eu mataria um milhão de ratos, mas não necessariamente quero matar um em um filme ou ver um ser morto em um filme, porque não estou pagando para ver a morte real.”
No passado, Tarantino já rebateu diversas questões sobre violência em seus filmes.
Prestes a iniciar filmagens do décimo filme da carreira, intitulado The Movie Critic até o momento, Quentin Tarantino revelou como "está pronto para se aposentar" dos cinemas.
Ao longo dos anos, o diretor de 60 anos explicou como sempre pensou em parar no décimo projeto - além de não se imaginar no cargo com idade avançada, como Clint Eastwood e Martin Scorsese. Ao que parece, esse desejo realmente se realizará. Depois da saída do cinema, Tarantino quer fazer mais trabalhos como escritor - e até já lançou alguns livros.
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Durante entrevista à ara, o cineasta foi questionado se Pauline Kael, histórica crítica de cinema que morreu em 3 de setembro de 2001, teria influenciado The Movie Critic. Vale lembrar como ela foi grande base para o último livro de Quentin Tarantino, intitulado Cinema Speculation.
"Sim, ela faz parte da paisagem. A história se passa em um mundo onde Pauline Kael existe e é mencionada, mas o filme não é sobre ela," afirmou. Em seguida, o entrevistador comentou como o diretor Walter Hill disse a Tarantino no livro que "teria amado Steve McQueen," porque ele "sabia o que o público queria dele e queria oferecer."
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Por conta disso, Tarantino foi questionado se isso chegou a influenciar a decisão dele em se aposentar dos cinemas para "ter uma filmografia perfeita." "Não acho que não. É que eu faço filmes há 30 anos e estou pronto para aposentar," respondeu o cineasta.
Quero fazer um segundo volume [de Cinema Speculation] que abranja também os anos 1970 mas com outros filmes, também da minha adolescência. E depois vou pular para os anos 1980 e também vou falar sobre cinema de fora dos Estados Unidos.
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