Crianças, senhoras e jovens se reuniram para ouvir canções como "Cheia de Manias" e "Jeito Felino"
Lucas Reginato Publicado em 18/05/2013, às 20h03 - Atualizado em 19/05/2013, às 18h35
Assim que a vitória de Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo se confirmou nas urnas, o primeiro pedido recebido pelo novo secretário de cultura, Juca Ferreira, foi a presença do Raça Negra na Virada Cultural. Solicitação atendida – o grupo foi o primeiro a subir ao palco República, às 18h, para uma praça lotada com um público superdemocrático.
O horário bom permitiu que famílias pudessem ser maioria na pista. Mulheres com boas lembranças dos anos 90 levaram seus filhos pequenos, e garotos na faixa dos 20 anos foram reviver as canções que costumavam ouvir nas rádios. Outros públicos também foram atraídos pelo grupo celebrado das mais diversas formas – ano passado, por exemplo, os pagodes foram reunidos em versões indies na coletânea Jeito Felindie (o nome em referência a “Jeito Felino”, um dos sucessos mais lembrados e comemorados quando tocados pela banda).
Antes mesmo que os músicos subissem no palco, um ambulante carregado de produtos oficiais saiu de trás do palco para vender CDs a R$20, chaveiros a R$5 e outras bugigangas. Já passavam 10 minutos de atraso quando o vocalista Luiz Carlos subiu ao palco para acalmar os ânimos daqueles que já começavam a reclamar. “Vai logo, tenho um monte de coisa para ver ainda”, reclamou uma mulher na perspectiva de acompanhar outras apresentações no centro de São Paulo. “Didididiê”, respondeu o cantor involuntariamente, quando começou “Cheia de Manias”.
O começo contou com medley inusitado, no qual se uniram “É o Amor”, de Zezé di Camargo e Luciano, e “Será”, de Legião Urbana, ambas entoadas sem diferenciação pela imensa plateia. Antes do fim do show sobrou uma homenagem ainda a Tim Maia com “Gostava Tanto de Você”, mas era os sucessos do Raça Negra que o povo procurava. E tiveram de sobra: “Você Não Sabe de Mim”, “Deus me Livre”, “Sozinho” e “É Tarde Demais”, entre outras, acompanhadas com coro dedicado de fãs que, não raro derramavam lágrimas.
Entre os muitos hits, ainda teve espaço para uma música nova, “Bonita Paixão”. Embora nova, foi feita sobre a mesma fórmula de antes (quer alguma coisa mais anos 90 que rimar “bom” com “neon”?). O músico ainda convidou ao palco seus dois filhos, Juliana e Rafael, que ganharam a oportunidade de ocupar durante alguns minutos o espaço do pai. Foram aplaudidos da mesma forma. Ao sair do palco, o grupo pareceu ter conseguido agradar a todos, velhos e novos, homens e mulheres, e honrar aquele primeiro pedido feito ao Sr. Juca Ferreira.
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