Grupo liderado por Mano Brown recebeu prêmio de Melhor Clipe por “Mil Faces de Um Homem Leal (Marighella)” e encerrou em grande estilo o VMB
Lucas Reginato Publicado em 21/09/2012, às 03h43 - Atualizado às 11h43
Em um VMB do rap, no qual foram premiados Emicida, Projota, entre outros, a decisão de entregar o encerramento para o Racionais MC’s, principal expoente na história do gênero no Brasil, não foi nada menos que ideal. Da mesma forma, o grupo paulistano fez aquilo que se esperava dele e foi o bastante para encerrar a noite com uma das mais marcantes apresentações da premiação da MTV.
“O maior show do VMB de todos os tempos”, anunciou Neymar rapidamente antes que começassem as batidas secas de “Cores e Valores” e o refrão “somos o que somos”, que ainda não foi registrado em álbum e, por isso, manteve a plateia distante. O clima, no entanto, era de celebração, principalmente porque alguns minutos antes o grupo havia subido ao palco para receber das mãos de medalhistas olímpicos convidados, como o ginasta Arthur Zanetti, o prêmio de melhor clipe do ano por “Mil Faces de Um Homem Leal (Marighella)”. A canção, aliás, também foi executada durante o show desta noite, apesar de ainda não ter sido gravada – mesmo caso da faixa de abertura. Contudo, ela foi bem mais comemorada, justamente por causa do clipe de sucesso.
A entrada de Mano Brown e companhia no palco foi triunfal e uma multidão de “trutas” invadiu o palco com ele e os Racionais, com direito a motocicleta e uma enorme bandeira que levava o nome da Vila Fundão.
A escolha por músicas novas perceptivelmente afastou o público que ansiava em ver clássicos do grupo. Isso ficou ainda mais notável com a resposta entusiasmada da plateia assim que começaram a soar no Espaço das Américas as primeiras notas de “Negro Drama”, sucesso do álbum Nada Como um Dia Após o Outro Dia (2002), o último trabalho em estúdio do Racionais. Antes deste show, eles já haviam tocado no VMB, em outra apresentação histórica, só que naquela ocasião, em 1998, mostraram “Capítulo 4, Versículo 3”.
Mesmo que tenha gravado recentemente com Edi Rock, a presença de Seu Jorge no palco para cantar “That’s My Way” não deixou de ser inusitada, já que o cantor carioca transita por um universo midiático bem diferente daquele ocupado pelo grupo paulistano. A combinação, no entanto, agradou ao público, que fez mais barulho do que até então.
Mais do que uma exaltação à banda, os presentes demonstraram respeito a Mano Brown e Cia. e mantiveram silêncio e apoio mesmo nas faixas inéditas. O final da apresentação também foi de pura contemplação, já que um grupo numeroso de bailarinos com os rostos pintados entrou no palco e dançou uma longa coreografia ao som de “'Da Ponte pra Cá”, também de 2002. Fica agora a espera de um novo álbum do Racionais, que já parece ter boa parte do repertório pronto.
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