Raquel Zimmermann declara amor a seu instrumento favorito: "Guitarra é uma coisa tão bonita!" - Lucas Landau

Raquel Zimmermann e suas guitarras

A modelo nº 1 do mundo falou ao site da RS Brasil sobre a paixão pelo instrumento, horas antes de subir à passarela da SPFW

Por Anna Virginia Balloussier Publicado em 21/06/2009, às 14h04

Trepada em cima da mesa em uma salinha do hotel Emiliano, no Jardim Paulista, ela empunha o instrumento imaginário e agita as longas madeixas platinadas para um air guitar de respeito. Não, Raquel Zimermann não está de brincadeira. Como n° 1 no ranking do site models.com, a garota nascida em Bom Retiro, Rio Grande do Sul, há 26 anos pode encarnar a personagem que lhe pedirem em uma sessão de fotos. Mas a manha para o air guitar - aquela guitarra imaginária que se toca no ar - é baseada em fatos reais.

Na sala de estar - seu canto preferido, que ela mesma fez questão de decorar, com um tapete persa esparramado pelo piso - de seu apartamento no Brooklyn, Nova York, Zimermann pendurou cinco das dez guitarras que tem. São duas Gibson, duas Fender e, a filha favorita atualmente (mas não vale contar às outras), uma Gretsch verde-abacate. "É vintage, linda. O melhor é que dá para tocar no amplificador e no acústico!", conta animada à reportagem do site da Rolling Stone Brasil, horas antes de desfilar para a grife Animale, no sábado, 20, na São Paulo Fashion Week.

Ela chegou de Londres no dia anterior e, desde então, engatou num falatório sem fim. "Não parou de dar entrevista um segundo!", diz Laura Vieira, agente da Ford Models. Antes de falar à RS Brasil, engoliu às pressas um prato de canja de galinha. Deve estar cansada. Parece cansada. Mas falar sobre o instrumento funciona como estoque de baterias capaz de abastecer todo um show do U2, se necessário. "Guitarra é uma coisa tão bonita!" Diz tocar por hobby e que "ninguém [a] manda calar a boca" quando se arrisca a cantar, por exemplo, em uma reunião de amigos - só que não tem a menor pretensão de seguir colegas como a modelo Geanine Marques, musa do estilista Alexandre Herchcovitch e líder do Stop Play Moon.

"Nunca pensaria em fazer isso profissionalmente. Meu lance é chegar em casa e pegar a guitarra ou o violão." A última música que tirou foi "Doce Vampiro", da Rita Lee ("é só entrar na internet, muito fácil. 'Cifras, Rita', e pronto"), mas curte também de Legião Urbana a Guns N' Roses.

Depois de alguns minutos de conversa, fica com gostinho de "eu já sabia" a resposta, quando indagada sobre seu ícone máximo: Patti Smith, que leva na credencial o título de "poetisa do punk". Zimermann - mais de uma década de carreira nas costas - é do rock 'n' roll. Horas depois, no lounge de uma das patrocinadoras da SPFW, disse que seu momento de glória foi quando a top Iman, mulher de David Bowie, lhe disse que o casal já percebeu os carões à la Bowie que ela costuma fazer em alguns ensaios. "Ele notou quem eu sou?", disse, abobalhada.

Se não fosse modelo, a gaúcha (que no dia-a-dia não larga o "uniforme roqueiro", que resume em "bota de motoqueiro e jaqueta de couro") acredita que teria seguido a carreira de arquiteta ou designer de interiores. Zimmermann é articulada como poucas do ramo, e conta que adora o que faz menos pela badalação e mais "pela oportunidade que me dá para viajar e ver as coisas que sempre quis".

Exemplo: quando era mocinha, viu pela primeira vez, em um programa de TV, o clássico quadro "O Beijo", de Gustave Klimt. Nunca tirou a tal imagem da cabeça. Até o dia em que, ao lado do namorado, o fotógrafo chileno Rui Sanchez Blanco, viu a obra ao vivo, em um museu de Viena. "Isso vale mais do que tudo!" Outra vez, posou ao lado da atriz Charlotte Rampling e do quadro Mona Lisa, duas unanimidades para ela. Ser n° 1? Seu programa de milhagens agradece.

Superativa, Zimmermann também anda de skate e está aprendendo a surfar. "A única diferença é que, em um, eu posso cair e quebrar o nariz. Em outro, eu me afogo e morro", tira uma onda.

Abaixo, você confere a cobertura da SPFW.

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