Discrepâncias sobre as datas de inauguração da Estação de Neverland colocaram em cheque acusações
Redação Publicado em 09/04/2019, às 14h43
James Safechuck é uma das supostas vítimas de Michael Jackson a dar depoimento para o documentário Leaving Neverland, que explorou as acusações de abuso de menores feitas ao cantor.
Segundo Safechuck, Jackson abusou dele entre 1988 e 1992, em diversos locais do parque Neverland, inclusive em um quarto localizado no andar superior da estação de trem pela qual a chegada ao local era feito.
Mike Smallcombe, autor da biografia Making Michael, afirmou que o acusador estava mentindo pois a estação não existia no período de abuso relatado. “A construção da estação de trem de Neverland não começou até o final de 1993, e não terminou até 1994, quando Safechuck tinha 16 anos. Então esses abusos na estação não seriam possíveis se os abusos pararam em 1992, como ele diz em seu depoimento, já que o lugar nem existia. Existe uma diferença de dois anos”, disse ao The Mirror na última quinta, 4. “A data errada é o fim [das acusações] de abuso”, tweetou depois.
Porém, alguns relatos antigos de seguranças de Michael Jackson corroboram a versão de James Safechuck. Em Remembering The Time: Protecting Michael Jackson In His Final Day, livro escrito por Bill Whitfield e Javon Beard em 2014, há afirmações que a estação existia bem antes de 1994.
“Em 1990, Michael Jackson abriu os portões do Rancho Neverland para o público pela primeira vez. Os visitante entravam no rancho por meio de sua estação de trem, embarcando em uma maria-fumaça que os levava para a casa principal”, escreveu o autor.
The Strange Life And Tragic Death Of Michael Jackson, livro de 2012 de Randall Sullivan, também confirma a existencia da estação desde a abertura do local. “Repórteres convidados para entrar na Neverland em 1990 normalmente começavam observando a estátua de Mercúrio na entrada da mansão, e então subiam um morro que levava a uma réplica da Rua Principal da estação de trem da Disneylândia, com um relógio floral que era mais magnífico do que o feito por Walt Disney para seu próprio parque”, relatou. O relógio era um jardim localizado em frente à estação.
As acusações a Michael Jackson viraram processos no início dos anos 2000. Até sua morte, em 2009, o cantor declarou-se inocente.
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