Cantor fez a estreia no Grand Ole Opry em 7 de julho de 1956, quando conheceu June Carter nos bastidores
Redação Publicado em 08/07/2014, às 14h01 - Atualizado às 20h51
Em 7 de julho de 1956, Johnny Cash subiu ao palco do Grand Ole Opry pela primeira vez, acompanhado por um violão, os dois companheiros de banda do Tennessee Two e o terno preto que logo daria a ele a alcunha de O Homem de Preto. “I Walk the Line” havia sido lançada dois meses antes, dando a Cash um dos maiores hits do verão (do hemisfério norte). Ele era um cantor country que também atraía fãs do mainstream, uma estrela que transitava em diferentes universos em uma época em que poucos cantores além de Elvis Presley conseguiam transpor a barreira country/pop. Era a hora perfeita para fazer a estreia no Grand Ole Opry.
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Após uma apresentação de Carl Smith, Cash e companhia deram início a um set de três músicas. A configuração do palco foi elaborada, com os integrantes do grupo sentados em bancos de um bar western. Havia ainda um grupo de camaradas sentados em volta de uma mesa e fingindo jogar baralho. Todos usavam chapéus de caubói e ternos chamativos, com exceção de Cash, do guitarrista solo Luther Perkins e do baixista Marshall Grant, cujos trajes pretos e os vocais despojados cortavam como uma faca o pomposo Grand Ole Opry.
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Mas o fato mais importante aconteceu nos bastidores. Foi lá onde Cash viu a esposa de Carl Smith, June Carter, que estava afinando o violão apressadamente antes de entrar em cena. Carter havia recentemente saído em turnê com Elvis Presley e se tornara fã da música de Cash na estrada, já que Elvis colocava para tocar “Cry! Cry! Cry!” em diversas jukebox pelo sul. Já Cash tinha crescido ouvindo performances ao vivo de Mother Maybelle & the Carter Sisters – cuja formação incluía a jovem June – no rádio. Naquela noite de sábado de 1956, os dois cantores tiveram o primeiro e mágico encontro. Cash disse: “Sempre quis conhecer você”, e Carter respondeu: “Eu me sinto como se já te conhecesse”.
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“Não consigo me lembrar de nada do que conversamos, além dos olhos dele”, escreveu June Carter na caixa de compilações de Cash, Love, God, Murder, lançada em 2000. “Aqueles olhos negros que brilhavam como ágata... Ele tinha uma presença que eu nunca tinha visto. Apenas uma guitarra e um baixo, e uma doce presença que fez não apenas eu, mas toda a plateia se tornar fã dele”.
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Smith e Carter se divorciaram naquele mesmo ano. Carter acabou se juntando a Cash na estrada, e os dois cantaram juntos hits como “Jackson”. O casamento aconteceu em 1968, 12 anos depois dos dois terem se conhecido no backstage do Grand Ole Opry, e continuaram juntos até a morte de ambos no começo dos anos 2000.
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