Cantor morreu nesta quarta, 8, depois de sofrer parada cardíaca
Anna Virginia Balloussier Publicado em 08/02/2012, às 10h53 - Atualizado às 11h06
Relembre abaixo a apresetação do cantor Wando na Virada Cultural de 2009, em São Paulo. O texto foi publicado originalmente neste site em 4 de maio de 2009.
Wando morre aos 66 anos: saiba mais
Wando surgiu diante do público pontualmente para fazer o que sabe de melhor: ser canastrão. No palco montado no Largo do Arouche, a ordem era o B de Brega piscando em neon, com artistas sem o menor pudor em entoar letras que rimam "paixão" com "solidão". Brega, claro, é uma questão de ponto de vista. Muitos jovens baixaram por lá, etiquetando o estilo como hype. Mas o forte era o público feminino: espremida na grade, a mulherada (que aparentava, em média, de 40 a 70 anos) formava uma verdadeira Muralha da China, sem deixar ninguém passar. E Wando não deixa por menos. De cara, evoca a marca registrada de seus shows: "Tá todo mundo com calcinha na mão aí?". A afirmação positiva vem como um libera-geral de estrogênio.
Todos os macetes do Don Juan do Arouche estão lá: um cheirinho na roupa de baixo arremessada às pencas pelo mulherio, as caras e bocas, sorriso malandro e tiradas como "esta música vai para aquela que sabe quando cruzar as pernas e o momento exato para descruzá-las". Infelizmente, na música, o artista não compensa sua presença de palco: lançou mão de playback e de um "maestro", que tocava as melodias mais simples em sua guitarra. No repertório, versos como "estou apaixonado/ e este amor é tão grande", "eu sei que vou te amar" (com direito à cola na hora de ler o Soneto da Fidelidade, de Vinicius de Moraes) e "você é luz, é raio, estrela e luar", do clássico "Fogo e Paixão".
Logo no início do show, uma jovem conseguiu furar o bloqueio e se estabelecer na área VIP - um cercadinho que separava palco e público por cerca de 10 metros. Jessica Albuquerque diz ter apenas 20 anos, mas deve à avó, já falecida e de nome Wanda, o amor pelo músico popular. Historinha, aliás, para á de duvidosa - a moça distribuía nomes e histórias falsos para a imprensa. Intervençãao artística? Vá saber. O fato é que, na frente do palco, a moça redonducha esgoelou-se até dizer chega - e, como uma BBB "made in Arouche", adorou a atenção recebida. Posava com gosto para as câmeras e colaborou para uma espécie de pedágio afetivo entre cantor e resto da plateia - a mulherada jogava a calcinha, que caía no chão e era relançada ao palco por Jessica. Só não gostou muito quando o abala-corações mirou especialmente para a repórter e atirou uma maçã, seu fruto proibido, com direito a olhar de latin lover e frase manjada ("todas as mulheres no raio de um quilômetro queriam ser você!").
Blake Lively se pronuncia sobre acusação de assédio contra Justin Baldoni
Luigi Mangione enfrenta acusações federais de assassinato e perseguição
Prince e The Clash receberão o Grammy pelo conjunto da obra na edição de 2025
Música de Robbie Williams é desqualificada do Oscar por supostas semelhanças com outras canções
Detonautas divulga agenda de shows de 2025; veja
Filho de John Lennon, Julian Lennon é diagnosticado com câncer