As sessões de Clapton para os Bluesbreakers "representaram o nascimento do som moderno da guitarra" - e Page estava lá para ajudá-lo
Redação Publicado em 31/03/2020, às 13h59
Não foi por acaso que três dos maiores guitarristas de todos os tempos tocaram nos Yardbirds, uma das bandas mais importantes de blues-rock dos anos 1960. Eric Clapton, que se juntou ao grupo em 1963, acenou para a fama pela primeira vez.
Quando Clapton saiu em 1965, os Yardbirds quiseram contratar ninguém menos que Jimmy Page, outra jovem arma do cenário de rock de Londres. Com outros planos em mente, Page recusou o convite, mas sugeriu seu amigo Jeff Beck, e os Yardbirds correram alegremente para ele.
Depois dos Yardbirds, Clapton uniu-se a John Mayall nos Bluesbreakers em meados de 1965. Durante esse curto, mas doce período, Page descobria seu talento como produtor musical.
Enquanto muitas sessões foram esquecidas ou passaram despercebidas, o trabalho de Jimmy Page com Eric Clapton ainda vive na história do rock.
Em 1965, a banda John Mayall & the Bluesbreakers (agora com Clapton a bordo) assinou com Andrew Loog Oldham, empresário dos Rolling Stones e dono da Immediate Music. Ele confiou e Page para produzir as sessões, o que acabou sendo uma ótima escolha.
De acordo com ex-guitarrista do Led Zeppelin, Clapton teve a ideia de adicionar um feedback (uma espécie de eco/retorno) em cima do instrumental durante a gravação de "I'm Your Witchdoctor". Page, que estava experimentando diferentes sons de guitarra, encontrou uma maneira de fazer aquilo funcionar, apesar dos protestos do engenheiro de som.
"Voltei à sala de controle e disse ao engenheiro para gravar o overdub”, escreveu Page nas mídias sociais em 2019. “Ele retirou o fader e disse: ‘Este guitarrista é impossível de gravar’.”
“Eu disse a ele para aumentar o volume novamente e eu assumiria a total responsabilidade”, continuou. E foi assim que ele gravou o trabalho inovador de Clapton naquele dia.
Anos depois, Page ainda se impressionava com o som que Clapton criou com sua guitarra Gibson e amplificadores Marshall. “Eu pensei que ele tocou brilhantemente, muito brilhantemente. Foi muito emocionante”, ele recordou.
Mas Page não foi o único a elogiar o trabalho de Clapton, é claro. Desde que a faixa foi lançada, a frase “Clapton é Deus” foram pichadas nas ruas de Londres.
Escritor e editor-chefe da Guitar World, Brad Tolinski revelou que as sessões de Bluesbreaker com Clapton “representaram o nascimento do som moderno da guitarra” e, na década seguinte, Page e Clapton fizeram muito para amadurecer esse som.
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