Regina Carter silenciou 10 mil pessoas com seu violino, e baterista do Living Colour deu canja
Por Antônio do Amaral Rocha Publicado em 23/05/2008, às 17h03 - Atualizado às 17h27
O Rio das Ostras Jazz & Blues Festival edição 2008 começou nesta quarta-feira, na cidade de Rio das Ostras, litoral do Rio de Janeiro. A festa segue até o dia 25, e o site da RS trará mais notícias.
No dia 21, os trabalhos foram abertos com a apresentação da Orquestra Kuarup e sopros de Mario Seve e David Ganc. Na mesma noite apresentou-se o quarteto de Mauro Senise, que já tocou em discos de Milton Nascimento e Egberto Gismonti. O sopro de Senise soou cristalino no sax alto e soprano, num repertório baseado em músicas de Edu Lobo, arrebatando o público presente no grande palco ao ar livre, o Costa Azul.
A programação do segundo dia, no palco da Lagoa do Iriri, trouxe Russel Malone, simpático guitarrista, já conhecido como solista de Diana Krall. O quarteto de Russel é afiadíssimo e passeia pelos temas de jazz e algum blues, com solos de música brasileira pelo meio. O público reconhece e aprova. Debaixo de um sol de rachar mamona, pelo menos 3.000 pessoas assistiram à performance de Malone, que em alguns momentos lembra George Benson na forma de tocar, de escolher as notas e até no intervalo entre um compasso e outro.
O palco da Praia da Tartaruga trouxe Tarin Szpilman, vocalista da Rio Jazz Orchestra, aqui acompanhada de clássica banda. Tarin tem poderosa presença no palco e cantou clássicos do blues e da soul music, num tributo a James Brown.
Hipnose
A segunda noite no palco Costa Azul prometia e cumpriu mais do que o esperado. A grande dama da noite, Regina Carter e seu violino inclassificável fizeram o público ficar em silêncio. Perto de 10.000 pessoas ficaram literalmente de queixos caídos com o uso inusitado deste instrumento no jazz. Regina é uma solista originalíssima e sofisticada, cujo repertório vai de músicas indianas até o clássico, numa rapidez impressionante.
Teve ainda mais: o coll jazz do Delicatessen, quinteto gaúcho, com repertório baseado em temas dos anos 20 e 50, gravados no CD Bossa-Jazz. Destaques para o violão de Carlos Badia e a voz delicada de Ana Krueger.
Em seguida, apresentou-se a banda que é a cara mais conhecida do blues no Brasil, o Blues Etílicos, que associa a maneira clássica de executar o gênero com um sotaque brasileiro.
Living Colour
E a noite fechou com o "free jazz" do baterista Will Calhoun e a banda Native Land Experience. A princípio parecia um show montado só para mostrar o talento do baterista do Living Colour. É mais do que isso: solos "improvisados" na bateria, com duração de 10 minutos ou mais, colocaram o público no clima da festa, e a competente banda também brilha em solos de trumpete, sax, baixo e teclados. A bateria tocada por Will é pesada, tem elementos de hard rock e energia pulsante de um menino fazendo estrepulias no palco. Um show para não esquecer tão cedo.
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