Condenado a nove anos de detenção por estupro coletivo, o destino do ex-atleta foi decidido no Supremo Tribunal de Justiça por 9 votos a 2
Pedro Figueiredo (@fedropigueiredo) Publicado em 21/03/2024, às 20h27
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) condenou o ex-jogador de futebol Robinho a prisão no Brasil por 9 votos a dois, na última quarta, 20. Robson de Souza, de 40 anos, participou de um estupro coletivo contra uma jovem albanesa em 2013. O crime aconteceu em uma boate na Itália, quando ele jogava pelo Milan.
Apenas dois ministros do STJ votaram contra a homologação da prisão do ex-jogador, enquanto nove foram a favor. Jacoppo Gnocchi, advogado da vítima comentou a condenação em comunicado enviado ao UOL: "Nós estamos absolutamente satisfeitos com a decisão da justiça brasileira, sempre tivemos confiança no Brasil, no seu sistema judiciário, e acreditamos que essa seja a justa conclusão de um processo que se deu na Itália, com todas as garantias para os réus, que foram sentenciados como culpados, e então não haveria nenhum tipo de motivo para não imputar a pena."
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"Respeitávamos e conhecíamos a constituição brasileira que impedia a extradição, mas isso não abona o fato de que, quando a sentença é definitiva, é justo, inclusive por respeito às vítimas e às mulheres, que a sentença seja aplicada," declarou o advogado.
"Um último apontamento meu: para todas as vítimas de violência e, nesse caso, para todas as mulheres...elas devem ter confiança no sistema, na justiça e fazer a denúncia, porque sem denúncias não há processos. E sem processos não há culpados, como nesse caso. Então estamos muito satisfeitos e agradecemos a justiça brasileira pela sua decisão," concluiu Gnocchi.
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Nesta quinta, 21, a defesa de Robinho entrou com um pedido de habeas corpus, que foi negado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Diante da existência de trânsito em julgado da condenação e da possibilidade prevista no ordenamento jurídico brasileiro de transferência da execução da pena, não se vislumbra, sob este ângulo, coação ilegal ou violência contra a liberdade de locomoção do paciente”, escreveu o ministro.
Nesta tarde a Justiça Federal de Santos expediu o mandado de prisão de Robinho. A presidente do STJ, Maria Therza de Assis Moura, enviou um ofício para a execução da prisão do ex-jogador. O advogado dele, José Eduardo Alckmin declarou após a sessão no STJ que Robinho não se oporá à prisão. "Ele está à disposição da Justiça. Se chegar lá o oficial de Justiça, ele vai acompanhar. Ele não vai se opor à execução, com certeza."
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