Organizadora explica os obstáculos para esta edição do festival
Stella Rodrigues Publicado em 13/09/2013, às 10h00 - Atualizado em 19/09/2013, às 19h43
"O desafio é fazer melhor que o anterior”, explica a empresária Roberta Medina antes de discursar sobre as mudanças realizadas no Rock in Rio. Com o pai, Roberto Medina, ela é responsável por uma das franquias de festival musical mais bem-sucedidas do mundo. “A nossa avaliação de público na outra edição [em 2011] foi muito positiva: 9,3”, diz, ponderando que “aquela era nossa primeira vez naquele espaço, estávamos aprendendo”. Para este ano, o investimento aumentou e se diversificou. “Há um trabalho de iluminação especial, efeitos mais elaborados, cenografia nova, trabalhamos muito com LED”, ela adianta.
Em termos de estrutura, o esforço foi grande. Houve a diminuição no número de entradas por dia, de 100 mil para 85 mil, para melhorar a circulação na Cidade do Rock (“não foi um consenso dentro da organização. Foi polêmico porque já era difícil arrumar ingresso antes”). Uma outra queixa, quanto à demora na compra de alimentos, poderá ser solucionada com um investimento em uma mão de obra treinada e permanente nos bares e restaurantes. “Você compra mais rápido do que em um shopping”, ela promete.
Este ano, a cultura e a música da Grã Bretanha são o tema da Rock Street, espaço alternativo que ganha a companhia do palco de Street Dance. “Começou ano passado na Europa e foi um sucesso porque é extremamente contagiante. Todo mundo pode se envolver com mais ou menos piruetas”, ri. “Por quê não? Se tem uma coisa que todo mundo faz no Rock in Rio é dançar”.
O palco Sunset, dedicado aos encontros musicais, segue sendo a “menina dos olhos da organização”. “É a oportunidade do artista não ter que fazer o que faz sempre, não é o show de turnê”. Ela, particularmente, está ansiosa para ver Kimbra + Olodum.
Das tradições, continuam o hino do evento, que encerra as noites, acompanhado da queima de fogos e a parceria com a Fundação Cacique Cobra Coral: “São fornecedores que trabalham com meteorologia. Tem desde 2001 essa história de chamá-los para que não chova”, Roberta explica. “Por via das dúvidas, a gente chama. O público fica mais feliz sem chuva.”
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