Com pouco material novo, artista focou em sucessos que todo mundo sabe cantar junto
Lucas Brêda, do Rio de Janeiro Publicado em 17/09/2017, às 21h16 - Atualizado às 22h16
Frejat começou a primeira apresentação no palco Mundo deste domingo, 17, dizendo que mostraria um show inédito. De novo, mesmo, contudo, teve apenas uma música recém-lançada, "Tudo se Transforma", um pop/rock suficientemente genérico para dificilmente ser lembrado no dia seguinte.
O setlist foi basicamente o mesmo que ele vem mostrando há anos, incluindo diversos hits do Barão Vermelho e uma porção semi-acústica de "O Poeta Está Vivo", "Por Você", "Segredos", "Malandragem" e "Amor Pra Recomeçar". "Se quiser, pode acender a fogueira agora", ele anunciou, antes de puxar os clássicos das rodinhas de violão a fora. Houve também uma lembrança ao finado Luiz Melodia, com uma versão de "Negro Gato".
As canções mais antigas -- especialmente "Bete Balanço", "Por Que a Gente é Assim" e "Pro Dia Nascer Feliz" -- ativaram a memória de Cazuza, como não poderia deixar de ser, e do show histórico do Barão Vermelho no Rock in Rio de 1985, naturalmente colocando o público para cantar. Também ativaram a comparação: o Frejat de 2017 é mais sóbrio e oferece vocais graves e ternos em relação às performances errantes e ocasionalmente selvagens de Cazuza.
O final foi estrondosamente celebrado, com "Exagerado" e "Pro Dia Nascer Feliz" gritadas pelas dezenas de milhares de vozes no Parque Olímpico. Entre os roqueiros brasileiros dos anos 1980, Frejat é um dos menos produtivos -- não lança um disco de inéditas há quase uma década --, então ele deu o que pôde: uma dose de passado.
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