Músico apresentou faixas de seu novo álbum, Cavalo
Lucas Reginato Publicado em 27/09/2013, às 00h36 - Atualizado às 11h41
Rodrigo Amarante não é nenhum novato. Já se apresentou nos mais variados palcos e diante de plateias numerosas - seja com Los Hermanos, com a Orquestra Imperial ou com o Little Joy. Mas o show que fez na choperia do Sesc Pompeia nesta quinta, 26, teve algo de especial. Foi a primeira vez que o compositor fez show solo, com o repertório de seu novo disco, o recém-lançado Cavalo.
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E foi sozinho que ele entrou em cena, diante de uma plateia que, embora tenha esgotado os ingressos, era bem menor do que as multidões que ele já enfrentou em outras oportunidades. Não escondia, contudo, a emoção que a noite guardava – uma simpática mistura de ansiedade e desajeito exalava do músico e parecia conquistar o público. “Vão filmar ou vão ver?”, questionou, assim que entrou em cena, em desaprovação aos que já empunhavam seus aparelhos brilhantes.
Entrevista: Rodrigo Amarante fala sobre a nova turnê.
Amarante abriu a apresentação com a bela “Irene”. De versos esmerados e introspectivos, a música logo de cara mostrou qual era o tom da noite. Com o violão em punho, o cantor se concentrava na canção e se esforçava para se entregar no palco que ocupava isolado. A banda entrou durante os aplausos e juntos fizeram a introdução bossa nova para “Nada em Vão”, faixa de abertura de Cavalo.
Mesmo com a banda, o show continuou com toques sutis e intimistas. O público, que esgotou os ingressos antes mesmo do lançamento de Cavalo, por outro lado, menos disposto a embarcar nas divagações de Amarante. Sem refrãos para cantar ou ritmos dançantes para acompanhar, parte da plateia não hesitava em conversar enquanto o músico embarcava em suas viagens.
No mesmo clima detalhista o show continuou com as faixas “O Cometa” e “Mon Nom”. Vez ou outra Amarante pedia para que a luz do palco fosse diminuída até o ponto em que ficasse extremamente frágil. “A gente já se conhece”, brincou o músico para justificar a escuridão em cena. Fato é que a iluminação foi de acordo com o repertório – sem extravagâncias. A delicadeza revela também a ousadia do músico, que, com fãs já conquistados pelos projetos anteriores, poderia encher o show de coros animados e facilmente causaria êxtase no público.
Depois de fazer as primeiras músicas no violão, Amarante pegou a guitarra para tocar “I’m Ready”, faixa que conta com sobreposições inusitadas de sons elétricos e uma vocalização interessante durante o refrão. A banda era formada por Rodrigo Barba (bateria), Gabriel Bubu (baixo), Gustavo Benjão (guitarra) e Lucas Vasconcelos (teclado).
Amarante também aventurou-se no teclado, de onde cantou e tocou “Cavalo” e “Fall Asleep”. O repertório do show foi essencialmente formado pelas faixas do disco, mas ele apresentou músicas ainda mais recentes e até então inéditas. Também fez cover de Tom Zé, com quem trabalhou recentemente, com o samba “Augusta, Angélica e Consolação”, que antecedeu “Maná”, no momento mais exaltado do espetáculo.
Ficou para o fim “Tardei”, que encerrou o show assim como encerra Cavalo. Amarante saiu aplaudido do palco e voltou após pedidos de bis para cantar “Evaporar”, gravada nos tempos de Little Joy, em 2008. Rodrigo Amarante ainda volta ao palco do Sesc Pompeia nesta sexta, 27, e no sábado, 28, com ingressos esgotados. A turnê ainda passa por outras cidades como Recife, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre nas próximas semanas. Serão passos interessantes para se acompanhar - afinal, este foi apenas o começo de uma promissora jornada solo.
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