Xerxes - Reprodução

Rodrigo Santoro dá humanidade ao vilão Xerxes em 300: A Ascensão do Império

Ator carioca revisita o papel do rei da Pérsia na sequência de 300, que conta a origem do personagem

Guilherme Guedes, do Rio de Janeiro Publicado em 24/02/2014, às 12h13 - Atualizado às 12h28

Com uma carreira de duas décadas como ator e mais de 20 filmes internacionais no currículo, Rodrigo Santoro, 38 anos, nunca havia repetido um personagem. A primeira vez foi em 300: A Ascensão do Império, misto de sequência e prelúdio de 300 (2006). Agora dirigido pelo israelense Noam Murro em vez de Zack Snyder, Santoro encarna mais uma vez Xerxes, o rei com trejeitos divinos que enfrentou o exército do Leônidas encarnado por Gerard Butler no primeiro filme. Desta vez, ao contrário da maioria dos filmes de ação, o desafio não era tornar Xerxes ainda mais poderoso ou megalomaníaco, mas revelar o lado vulnerável do vilão.

Brasileiros em Hollywood: artistas que, como Santoro, investem na carreira fora do país.

“Eu tinha o desafio de humanizá-lo, de fazê-lo diferente, mas sendo o mesmo cara”, refletiu em entrevista coletiva realizada no Rio de Janeiro. “Eu tive a responsabilidade de fazer o mesmo personagem, mas passaram-se seis anos desde o primeiro filme. Eu mudei, meu olhar mudou.”

300: A Ascensão do Império narra os fatos seguintes à queda do exército de Esparta, mas volta no tempo para revelar a origem de Xerxes, líder de um dos maiores impérios da história. Durante a pré-produção, estava definido que o filme seria baseado em Xerxes, graphic novel inédita de Frank Miller que revisita pela primeira vez o universo de 300, lançada pelo desenhista em 1998. Como a HQ não ficou pronta a tempo, uma equipe que incluía Murro, Snyder e o próprio Miller foi convocada para desenvolver um novo argumento. Com isso, Xerxes deixou de ser o centro da história para dar lugar à irmã Artemísia, interpretada por Eva Green, e ao ateniense Temístocles, vivido por Sullivan Stapleton. Santoro, no entanto, garante não ter se magoado por não viver o papel principal. “Claro que fiquei decepcionado quando eu soube que os quadrinhos não estavam prontos”, admite. “Mas não por deixar de ser protagonista, e sim porque eu queria saber o que teria acontecido com o personagem se o foco fosse diferente.”

Os atores mais uma vez enfrentaram muitas horas de filmagem contra um fundo verde e, no caso de Santoro, pelo menos quatro horas por dia para fazer a maquiagem de Xerxes, em um processo que começava às 4h da manhã. “É um trabalho cansativo e extremamente técnico, que exige imaginação, foco e concentração”, ele afirma. Segundo o ator, contracenar olhando para objetos inanimados o fez resgatar a experiência adquirida nos palcos nos primeiros anos de carreira. “É a base do teatro. Primeiro você se convence daquilo, para depois convencer os outros. E é isso que eu fazia durante a maquiagem: examinava o roteiro e os storyboards para criar aqueles cenários todos na minha cabeça.”

O ator conta que está satisfeito com a experiência e mostra otimismo diante do futuro profissional, que inclui outros grandes lançamentos ainda em 2014. “O Xerxes teve um impacto muito grande no primeiro filme porque as pessoas queriam saber quem era aquele cara. Além de tudo o filme foi um tremendo sucesso. E nesse mercado, o sucesso abre muitas portas”, ele diz.

300: A Ascensão do Império estreia no dia 7 de março.

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