"Tem personagens que conversam entre si", revela o ex-Pink Floyd
Rolling Stone EUA Publicado em 14/11/2013, às 10h27 - Atualizado às 10h34
Roger Waters concluiu em setembro sua turnê The Wall depois de três anos, e desde então voltou as atenções ao seu primeiro disco de rock desde Amused to Death, de 1992. “Terminei uma demo na noite passada”, disse recentemente em entrevista com a Rolling Stone EUA. “Tem 55 minutos de duração. É música e drama também. Não quero revelar muita coisa, mas foi feito como canção de rádio. Tem personagens que conversam entre si, e é um questionamento. É sobre um homem velho e uma criança pequena que tentam descobrir porque estão matando as crianças.”
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Ele ainda não sabe se o disco vai ganhar uma turnê. “Estou sofrendo um pouco com o retiro depois do fim da turnê Wall”, ele confessa. “É meio que um alívio não ter que sair e fazer isso toda noite, mas eles são um grande time. Tinha cerca de 180 pessoas juntas todos os dias. Esta parte era muito tocante toda noite.”
O grandioso show foi montado 219 vezes em estádios e arenas de todo o mundo, rendendo um faturamento de US$ 458 milhões. “Não posso superar essa turnê”, admite Waters. “Primeiro, você tem que aceitar o fato de que eu não vou viver para sempre. Estou com 70 anos. Você tem que aceitar isso para fazer algo enorme como essa turnê. A coisa mais difícil do mundo é pensar alguma coisa para fazer, então ir e fazer já é uma recompensa.”
A memória da turnê lhe traz um sorriso no rosto. “Eu descobri que os meus fãs mais barulhentos estão em Istambul”, afirma. “Eu me lembro de estar lá com a banda durante ‘Hey You’. Estávamos atrás da parede, então ninguém podia nos ver. Começamos a nos entreolhar e perguntar ‘Que som é esse?’ quando eles cantaram ‘Don't give in without a fight’, você podia sentir. Foi como se o teto estivesse caindo, mesmo que não tivesse teto. Foi incrível.”
Com isso em mente, ele não descarta reviver a turnê The Wall em algum momento futuro. “Não estou pensando nisto agora”, diz. “Mas isto não quer dizer que eu não vá. Eu acho que há uma audiência. Fizemos 219 shows, o que é muita coisa.”
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