Em visita à região, músico disse que, se divisão for abaixo, "até insistiria" para repetir show feito em 1990, pós-Muro de Berlim, quando tocou na íntegra The Wall
Da redação Publicado em 03/06/2009, às 15h33
Roger Waters lançou uma proposta tentadora: caso as autoridades israelenses ponham abaixo as construções que fragmentam a região da Cisjordânia, o ex-Pink Floyd repetirá o famoso concerto realizado na Alemanha, em 1990, para mais de 300 mil pessoas, meses após a derrubada do Muro de Berlim. Na ocasião, ele tocou, na íntegra, o álbum The Wall, lançado pela banda de rock progressivo em 1979.
Em visita ao campo de refugiados de Aida, na Cisjordânia, na terça, 2, o músico chamou de "obscena" a barreira erguida, em 2002, para isolar as comunidades judaica e muçulmana. "Isto é uma coisa ruim. É errado. Não está ajudando ninguém, essa coisa", disse, em referência à construção de arame e cimento, estendida por 670 km e com altura de até 8 metros em algumas partes.
"Se eles destruíssem [o muro], eu ficaria feliz em vir e fazer um concerto aqui. De fato, insistiria para que isso acontecesse."
Segundo a rádio britânica BBC 6 Music, Waters expressou seu desapontamento quanto à ausência de uma reviravolta no conflito. "Na verdade, é bastante depressivo voltar aqui três anos depois e ver que a situação política mudou pouco." Se algo mudou, ele insistiu, foi para pior. "Há mais assentamentos, mais tomadas de terra."
O cofundador do Pink Floyd viajou no domingo, 31, para a região. De Israel, rumou à cidade palestina Jenin, onde mostrou apoio ao projeto Cinema Jenin, do qual é padrinho, segundo o jornal israelense Ynet. A iniciativa foi deslanchada pelo governo alemão e busca restaurar o velho - e único - cinema do local, que teve as portas fechadas em 1987, durante a primeira Intifada. A inauguração, que vem paralela à construção de uma pioneira escola de cinema, está prevista para 2010.
A parada seguinte de Waters foi Jerusalém, para encontrar estudantes da Sam Spiegel Film and Cinema School. Lá, atestou o desequilíbrio de forças na região, com a gangorra bélica prejudicando o lado palestino. "Não é um olho por um olho, mas uma centena de olhos por um olho", afirmou. Atualmente sob comando do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o governo justifica as ações de seu exército como resposta a ataques de foguetes palestinos lançados de Gaza. Estima-se que a ofensiva israelense no fim de 2008 e começo de 2009, que matou cerca de 1,4 mil, tenha tido poder de destruição até 100 vezes maior do que os sete anos de munição palestina.
Nando Reis diz que usou drogas durante 30 anos: 'Foi consumindo minha vida'
Morre Andy Paley, compositor da trilha sonora de Bob Esponja, aos 72 anos
Viola Davis receberá o prêmio Cecil B. DeMille do Globo de Ouro
Jeff Goldblum toca música de Wicked no piano em estação de trem de Londres
Jaqueta de couro usada por Olivia Newton-John em Grease será leiloada
Anne Hathaway estrelará adaptação cinematográfica de Verity de Colleen Hoover