Emicida no RS Live, evento feito em parceria com a West Coast - Pedro Amora

Rolling Stone Live, evento realizado em parceria com a West Coast, apresenta The Bunker Band e traz show diversificado de Emicida

Festa aconteceu na última sexta-feira, 12, no Jockey Club de São Paulo, e também contou com a performance dos DJs Alex Hunt e Double C

Lucas Brêda Publicado em 13/09/2014, às 05h42 - Atualizado às 15h11

Na última sexta-feira, 12, o Jockey Club de São Paulo recebeu a festa Rolling Stone Live, realizada em parceria com a marca de workwear West Coast. O evento, que teve início por volta das 21h, trouxe ao palco o rapper Emicida, além de The Bunker Band – banda que venceu o concurso Rolling Stone RAD – e o projeto LIVE4DEXX, dos DJs Alex Hunt e Double C.

Chegando à quarta edição, a Rolling Stone Live mantém a tradição de reunir artistas, músicos, produtores e entusiastas do entretenimento brasileiro. Além de trazer as apresentações ao vivo, o evento mostrou-se como uma oportunidade de encontro entre famosos, celebridades e integrantes do meio artístico para troca de experiências.

The Bunker Band

O grupo carioca vencedor do concurso RSRAD não escondeu a que veio: seja pelas covers de Beatles e Oasis, ou pela guitarra estampada com a bandeira do Reino Unido, empunhada pelo vocalista Daniel Gomez. Em cima do palco, The Bunker Band reforçou a imagem de filhos brasileiros do brit pop.

“Essa música é do nosso EP The Story Hasn't Been Told Yet”, anunciou o frontman do grupo, revezando frases em inglês e português. “A história está começando a ser contada agora”, concluiu. Após o lançamento do EP – único registro da banda –, The Bunker Band vive um novo momento na carreira, coroado com a participação no evento.

Com o timbre diferenciado das guitarras e pedais confeccionados pelo pai de Samuel Oliveira e Daniel Gomez – os irmãos que comandam a banda –, The Bunker Band puxou “The End”, a faixa responsável a dar o prêmio RSRAD ao grupo. A música chamou atenção pela pegada contagiante, sendo uma das últimas a ser tocada pela banda – que encerrou o primeiro show deles fora do Rio de Janeiro com “It's Getting Better (Man!!)”, do Oasis.

Emicida

Abraçando um leque de influências de diversos ritmos da música brasileira – explícita nas letras ou com frases musicais –, o rapper Emicida comandou o público na apresentação mais esperada da noite no Rolling Stone Live. Ele iniciou o show com a intensidade de “BANG!”, “O Gueto” – que contou com citação ao clássico funk “Rap da Felicidade” – e “Levanta e Anda”.

A empolgação e concentração de Emicida em cima do palco deram ainda mais graça às canções do sólido O Glorioso Retorno De Quem Nunca Esteve Aqui (2013), disco mais recente do rapper, base de toda a apresentação na festa. Com “Hoje Cedo”, cantada a plenos pulmões, o lado mais melódico do cantor veio à tona, e o clima foi mantido por “Crisântemo”, que ganha ares ainda mais dramáticos com o cavaquinho dedilhado.

Era visível que o show ia adquirindo momentos distintos. No começo, as críticas sociais apareciam mais latentes, com faixas mais simples e diretas. Em seguida, a faceta mais dramática de Emicida ganhou destaque. Com “Eu Gosto Dela”, versos como “A sociedade vende Jesus/ por que não ia vender rap” (de “Hoje Cedo”) deram lugar a frases como “Eu gosto tanto dela, a ponto de querer tá perto, pronto”, criando um novo momento na apresentação.

O batuque característico do samba dominou as canções seguintes, colocando a plateia para dançar, e dando toques de leveza ao show. “Trepadeira” e “I Love Quebrada” – com arranjo baseado no violão –, foram um verdadeiro convite à “laje do Emicida”, como disse ele. O clima de festa tomava conta da performance, que teve como ponto alto com interação do rapper com a plateia.

“Independente da sua fé/ Música é nossa religião”, bradou Emicida, pedindo a resposta do público em seguida. Com a faixa – uma das últimas –, o rapper parecia falar por muitos dos presentes no evento, para quem a música tem grande importância. Ainda deu tempo para a participação de Renan, do grupo campinense Inquérito, e a performance derradeira de “Nóiz”.

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