Em entrevista à Rolling Stone, Rubel conta como se inspirou em Cícero para se tornar música e o que levou a criar a música "Partilhar"
Redação Publicado em 29/07/2019, às 08h34
Rubel quer ser popular. Ainda bem.
Ao participar da Entrevista RS, quadro do canal de YouTube da Rolling Stone Brasil, o artista fluminense revela como se inspirou em Cícero para produzir o primeiro álbum, chamado Pearl, lançado em 2013, e conta como a turnê do segundo disco, Casas (2018), tem transformado sua forma de entender o ecossistema da música.
Rubel tem uma trajetória acidental na música. Depois de um tempo em Austin, no Texas, ele voltou ao Brasil com um disco, algo que nem a sua mãe poderia imaginar. Lançou Pearl e passou a ser notado mesmo quando sequer queria ter uma foto de divulgação.
Pearl, que tem um folk de violão de cordas de aço e uma melancolia deliciosa, não parou de crescer, graças a canções como "Quando Bate Aquela Saudade", perfeita para indiretinhas nas redes sociais, entre outras.
O próprio álbum chegou ao Spotify e às outras plataformas digitais somente dois anos depois do seu lançamento oficial.
Acontece que Pearl não era mais um disco que ele gostaria de ouvir.
Na entrevista à Rolling Stone Brasil, ele explica que daí surgiu o disco Casas, um trabalho de melodias complexas, poucos refrãos e uma inspiração no hip-hop. Foi com esse álbum que Rubel fez turnês intensas ao longo de 2018 inteiro, com 11 a 12 shows por mês, no Brasil e fora do País.
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No início de 2019, uma nova experiência transformadora tomou o artista quando passou alguns dias em Mocugê, na Chapada Diamantina.
"Queria ficar um tempo sozinho", ele conta. "Queria três coisas, na verdade: aprender a cozinhar, voltar a ler e conhecer pessoas locais, conhecendo uma região que não tinha visto ainda."
"Nessa viagem, eu percebi que as pessoas não têm qualquer ideia do que é o indie, o pop, folk, esse movimento que pra quem está inserido nessa bolha é muito relevante, mas que para as pessoas de fora não é nada relevante".
Ele continua com a questão: "E isso nos trás à consideração: O grande Brasil está mais próximo de Mocugê ou de Pinheiros [descolado bairro de São Paulo]?".
Foi transformador. "Eu perdi qualquer vergonha de ser popular e querer tocar na rádio", diz Rubel.
"A minha vontade é me comunicar com todo mundo. Não ter qualquer tipo de restrição sobre essa pessoa deve ouvir minha música, essa não. Isso é perverso e elitista".
Assista à entrevista completa abaixo. E assine o canal de YouTube da Rolling Stone Brasil e não perca nossas novidades semanais.
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