Ryu, The Runner mergulha na mitologia grega para contar a própria história

Chegou às plataformas de áudio na última semana o álbum SEMRÉH (2024), de Ryu, The Runner. O artista baiano usou a mitologia grega - mais especificamente a história de Hermes - para falar sobre a própria história ao longo das nove faixas do disco.

"Sempre gostei muito da mitologia grega, mas a ideia mesmo do Hermes veio de um ex-relacionamento meu. Minha ex-parceira tinha uma tatuagem do deus Hermes, porque também tem um significado para ela, e ela acabou me inspirando e me dando o ponto de partida," conta o artista. 

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O artista vê uma relação entre o mito e a própria vida e explica que Hermes "não é só o deus da velocidade, é também o mensageiro, o deus dos ladrões. É o deus das fortunas repentinas," relata.

A relação que fiz comigo, foi por ele ser o mensageiro e essa parada que ele traz de poder acessar os mundos, não tem barreiras para ele. Ele foi feito para entregar a mensagem dele mesmo, e acho que música é isso, ultrapassar qualquer barreira para transmitir a mensagem que se quer.

Se por um lado, Ryu busca inspiração no imaginário grego, por outro, a realidade também o ajuda a criar: "Busco me inspirar mais em situações, que passei ou que vi um parceiro passando. Então acho que me inspiro mais em momentos, sabe? Algo acontece e de lá saí uma música."

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Com uma carreira relativamente nova, Ryu vê no lançamento de SEMRÉH uma maneira de se estabelecer no meio artístico. "O pessoal já sabe quem eu sou, tem uma galera que me acompanha, mas ainda tem muito caminho dentro da cena. Então acho que é o momento de ser visto mesmo, me fincar ali e me manter."