“No final, a Terra vai se recuperar, mas apenas quando os humanos se forem para sempre”, prevê Jacob Hemphill, que tem com sua banda uma extensa turnê brasileira este mês
Lucas Reginato Publicado em 04/10/2012, às 11h39 - Atualizado às 12h53
Nem um ano após a última passagem pelo Brasil, o SOJA volta a se apresentar no país. Neste tempo, a banda entrou em estúdio e lançou Strength to Survive no início de 2012. Trata-se do quinto álbum da carreira do grupo, que saiu três anos após Born in Babylon. “Estou impressionado com como chegamos até aqui”, revela o primeiro verso da faixa que dá título ao álbum, e embora a frase seja uma crítica ao consumismo, não deixa de ser um depoimento pessoal dos músicos.
“É louco como chegamos tão longe. Só fazemos o que amamos e é insano ver a proporção que isto tomou”, diz à Rolling Stone Brasil o vocalista Jacob Hemphill, que deu início à banda com amigos de colégio no final da década de 90. O tempo, ele garante, os deixou mais criativos: “Estamos mais inventivos, copiamos menos outros artistas. As mensagens permanecem as mesmas e o ritmo do reggae nunca muda, mas todo o resto está diferente”.
“Olhamos para nós mesmos. O SOJA incorpora o que está acontecendo no mundo e na música.” Tanto é que uma das grandes preocupações do novo milênio foi adotada pela banda como causa para militância. “Isto se tornou tema central para nós quando percebi que o planeta em que vivemos é a única coisa que importa. Na verdade é uma causa egoísta, salvar o planeta. Nós podemos destruir a camada de ozônio completamente, queimar tudo e elevar os níveis do mar. No final, a Terra vai se recuperar, mas apenas quando os humanos se forem para sempre.” A pessimista previsão contrasta com a mensagem positiva que Hemphill afirma querer passar por meio de sua música. “Queremos dizer às pessoas que eles podem fazer a diferença no mundo em que vivem. Mesmo que as corporações sejam donas de todos os pedaços de terra, elas não são donas das pessoas, ainda”.
A militância foi adotada pela banda inclusive em seu nome, já que SOJA é sigla para Soldiers of Jah Army. Além de Hemphill, os outros integrantes são Bobby Lee Jefferson (baixo), Ryan Berty (bateria), Ken Brownell (percussão), Patrick O'Shea (teclados), Trevor Young (guitarra), Hellman Escorcia (saxofone) e Rafael Rodriguez (trompete). Se depender do vocalista, a missão não deve ser abandonada tão cedo. “Acredito que podemos fazer reggae para sempre, é um veículo de mudança”, afirma. “Meu governo não funciona mais e acho que muita gente se sente da mesma forma, para isso serve o reggae”.
O SOJA fará shows em nove capitais diferentes do Brasil. E mesmo que não tenha se passado nem um ano desde a apresentação no SWU, Hemphill afirma que os fãs verão um show bem diferente, com “um monte de músicas novas e mais velhas”. Veja mais detalhes sobre a passagem da banda pelo país:
SOJA no Brasil
Porto Alegre: 5 de outubro
Local: Pepsi on Stage - Avenida Severo Dullius, 1995 – São João
Ingressos: de R$60 a R$100 – aqui
Florianópolis: 6 de outubro
Local: Life Club - Rodovia SC 401, 14527
Ingressos: de R$56 a R$99 - aqui
Curitiba: 7 de outubro
Local: Master Hall - Rua Itajuba, 143 – Portão
Ingressos: de R$75 a R$145 - aqui
Rio de Janeiro: 11 de outubro
Local: Fundição Progresso - Rua dos Arcos, 24 – Lapa
Ingressos: R$40 (meia) e R$80 (inteira) - aqui
São Paulo: 12 de outubro
Local: Espaço das Américas - Rua Tagipurú, 795 – Barra Funda
Ingressos: R$70 (meia) e R$140 (inteira) - aqui
Vitória: 16 de outubro
Local: Ilha Shows - Alameda Ponta Formosa, 350 - Praia do Canto
Ingressos: de R$60 a R$180 - aqui
Salvador: 18 de outubro
Local: Bahia Café Hall - Parque de Pituaçu, Avenida Paralela s/nº - Centro
Ingressos: de R$40 a R$95 - aqui
Recife: 19 de outubro
Local: Chevrolet Hall - Rua Agamenom Magalhães, s/n - Complexo de Salgadinho
Ingressos: de R$30 a R$100 - aqui
Fortaleza: 20 de outubro
Local: Biruta - Av. Zezé Diogo, 4111 - Praia do Futuro
Ingressos: de R$30 a R$100 - aqui
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