Daniel Bydlowski, cineasta brasileiro, fala sobre terror em coluna da Rolling Stone Brasil
Daniel Bydlowski Publicado em 23/10/2018, às 12h40
Não são os doces e as travessuras que atraem a atenção de milhões de brasileiros para a data muito comemorada nos EUA, o Halloween, mas sim as megas produções cinematográficas que chegam a invadir os sonhos de muita gente.
A atmosfera de sangue, medo e horror traz às pessoas uma sensação como pimenta, arde, mas a gente gosta. E o sucesso desses filmes é originado pela fantasia, pelos medos de quando éramos crianças e, claro, pelos efeitos especiais que nos deixam em dúvida se aquela cena é mesmo produzida ou real.
O ser humano é movido por emoção, pelo novo, por experiências boas ou ruins, e isso faz com que ele experimente, viva, se assuste e, às vezes, durma com a luz acesa. Há estudos que mostram que o organismo quando está sob ameaça libera dopamina, endorfina e adrenalina, e níveis altos de dopamina pode dar a sensação de prazer e calma, como um anestésico. Ajuda a explicar o porquê gostamos de terror, né?
O sucesso, no mundo inteiro, é comprovado pelo lançamento da décima primeira aparição do lendário Michael Myers nas telonas em Halloween, uma continuação da produção original. E não só, os números de bilheteria de alguns dos melhores filmes de terror são assustadores. Maratona a vista, preparem o estomago!
A franquia de Halloween, do atormentado personagem Michael Myers, já arrecadou mais de 600 milhões de dólares.
O Exorcista, o longa de 1973, arrecadou mais de 500 milhões de dólares, além de conquistar 10 indicações ao Oscar.
Já a aterrorizante franquia de Jogos Mortais, com suas críticas à sociedade e aos homens, foram mais de 700 milhões de dólares arrecadados.
O Jason, o terror do acampamento, na franquia Sexta Feira 13, arrecadou mais de 800 milhões de dólares.
A série A Hora do Pesadelo de Freddy Krueger, aquele “simpático” personagem que aparece nos sonhos, já a soma mais de 700 milhões de dólares de bilheteria.
A franquia Invocação do Mal e Anabelle, aquele, que conta a história do universo daquela boneca perigosa e assustadora, já arrecadou mais de 400 milhões dólares.
O Massacre da Serra Elétrica, com o incansável perseguidor Leatherface, em apenas um longa foram mais de 30 milhões de dólares arrecadados.
Sobre o autor:
O cineasta brasileiro Daniel Bydlowski é membro do Directors Guild of America e artista de realidade virtual. Faz parte do júri de festivais internacionais de cinema e pesquisa temas relacionados às novas tecnologias de mídia, como a realidade virtual e o future do cinema. Daniel também tenta conscientizar as pessoas com questões sociais ligadas à saúde, educação e bullying nas escolas. É mestre pela University of Southern California (USC), considerada a melhor faculdade de cinema dos Estados Unidos. Atualmente, cursa doutorado na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos.
Recentemente, seu filme Bullies foi premiado em New Port Beach como melhor curta infantil, no Comic Con recebeu 2 prêmios: melhor filme fantasia e prêmio especial do júri. O Ticket for Success, também do cineasta, foi selecionado no Animamundi e ganhou de melhor curta internacional pelo Moondance International Film Festival.
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