Herdeira não estaria disposta a mostrar lados negativos do pai; DiCaprio, Clooney e Depp dividem preferências entre diretor, filha e estúdios
Da redação Publicado em 18/08/2009, às 15h56
A cinebiografia de Frank Sinatra vem topando com algumas pedras no caminho: mais particularmente, a resistência de Tina Sinatra, filha do cantor morto em 1998.
Produtora executiva do projeto, a herdeira quer garantir que o filme - a primeira cinebio dedicada ao pai - não investigue aspectos mais polêmicos da vida de Sinatra, segundo o jornal norte-americano The New York Post. Segundo fonte do periódico, o diretor pretende trazer à tona "o violento, sexualmente carregado, bebedor da pesada Frank, mas Tina quer mostrar o lado mais suave de seu pai". O foco, para a filha, deveria ser a música do astro - não a controvérsia.
Em maio, a irmã dos cantores Frank Jr. e Nancy Sinatra atestou ao tabloide britânico The Sun sua confiança plena em Scorsese. "Marty sempre quis fazer isso. Confio nele inteiramente."
A produção demorou anos para decolar. No vaivém de negociações com herdeiros e Warner Music (detentora dos direitos autorais sobre o catálogo de Sinatra). Uma das questões mais delicadas diz respeito à comentada ligação do artista com a máfia - suposições dão conta de que ele teria recorrido a líderes mafiosos para que John F. Kennedy ganhasse as eleições presidenciais dos EUA, em 1960.
Há quem diga que o personagem de Johnny Fontane em O Poderoso Chefão, primeiro filme da trilogia de Francis Ford Coppola em cima do livro de Mario Puzo, seria inspirado em Sinatra. Na obra, um produtor de Hollywood que se recusa em dar ao cantor um papel acorda com uma surpresa: a cabeça ensanguentada de um de seus cavalo premiados, disposta sobre os lençóis.
"Os anos 60 foram uma época bem agitada para Frank. Ele estava fazendo sexo com uma vasta gama de mulheres e cimentando seu status de Rat Pack. É realmente uma época-chave para sua mitologia. E Tina realmente quer ter certeza que de sairá daí um Frank 'limpo'", disse a fonte do New York Post.
Além do retrato favorável ao pai, outra preferência de Tina entra em conflito com Scorsese. Enquanto ela prefere George Clooney no papel do músico, o diretor quer Leonardo DiCaprio, "cúmplice" em várias outras produções, como Os Infiltrados e Gangues de Nova York. Já os estúdios Universal e Mandalay teriam outro nome em mente: Johnny Depp.
Se as divergências não o enterrarem antes, o projeto será roteirizado por Phil Alden Robinson, responsável pelo drama Campo dos Sonhos, com Kevin Costner.
Leslee Dart, porta-voz de Scorsese, afirmou que o ítalo-americano não tem tido tempo para dedicar ao assunto - está, isso sim, às voltas com o lançamento da mais recente parceria com DiCaprio, o thriller Shutter Island. "Ele sequer começou a dar atenção [ao filme]. Ele e Tina estão ansiosos para trabalhar juntos no futuro", Dart colocou os panos quentes.
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