Durante live na quinta, 10, Jair Bolsonaro voltou a defender o voto impresso e falou que Barroso, presidente do TSE, "não sabe de nada"
Redação Publicado em 11/06/2021, às 12h49
Desde antes de ser eleito presidente, Jair Bolsonaro (sem partido) lança suspeitas sobre o sistema eleitoral no Brasil. Durante live na quinta, 10, o chefe de Estado desafiou o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em relação à implantação do voto impresso no país.
"Se o Congresso aprovar voto impresso, vamos ter eleições com voto impresso e ponto final. Não se discute mais este assunto. Ponto final," disse o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante transmissão ao vivo.
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Conforme noticiado pela Folha de S. Paulo, o Congresso está discutindo uma proposta de emenda constitucional sobre o tema. Por meio dela, defende-se que haja uma impressão em papel de um comprovante do voto realizado na urna eletrônica.
Barroso é crítico da proposta, e impôs a aprovação dela por parlamentares e no Supremo Tribunal Federal para ser implantada. Na live de quinta, 10, Bolsonaro chamou o ministro de “dono da verdade”, e afirmou que Barroso "não sabe de nada":
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"Cada um de nós deve respeitar a Constituição, respeitar o Parlamento brasileiro, respeitar as decisões nossas, respeitar as decisões de vocês também, do Judiciário. Não é se meter em tudo. 'Ah, se não for judicializado, vamos cumprir'. Vai cumprir, sim!", afirmou o presidente.
Em seguida, Bolsonaro continuou: "Se o Congresso promulgar a PEC do voto auditável, impresso, teremos eleições com voto impresso em 2022 e ponto final. Não discute mais este assunto. Não tem que ninguém dar palpite. Ninguém."
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Segundo a Folha de S. Paulo, Brasil, Bangladesh e Butão são os únicos países que adotam a votação por urna eletrônica sem registro em papel em eleições nacionais. Apesar disso, desde 1996 não há evidência de fraudes nas urnas eletrônicas do país.
Ainda, as urnas brasileiras contam com diversos dispositivos de segurança para não haver fraudes, como criptografia, códigos, seleção por sorteio, uma espécie de caixa-preta e, inclusive, lacres.
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