Os dois, que no final dos anos 90 protagonizaram uma grande briga por direitos autorais, ajudaram a lançar novas ferramentas do serviço de música digital
Dan Rys Publicado em 06/12/2012, às 20h01 - Atualizado às 20h32
Quando o Spotify tem algo a dizer, ele o faz com estilo – tanto que a companhia, que ainda não chegou ao Brasil, reuniu para divulgar um novo serviço Daniel Glass, CEO da Glassnote Records, Sean Parker, fundador do Napster e investidor do Spotify, Lars Ulrich, baterista do Metallica, e Frank Ocean, que cantou a música "Pyramids".
Mas o que o CEO da empresa, Daniel Ek, tinha na manga era tão chamativo quanto essa curiosa reunião de celebridades – o novo design da plataforma musical online, uma das principais em atividade nos Estados Unidos – e no mundo –, com novas ferramentas e lançamento previsto para o início do ano que vem. Entre as novidades está a inclusão de três novas abas no player, que permitirão colocar muitas das diferentes funções do Spotify direto na página inicial do usuário. A aba “Discovery”, por exemplo, tem como função recomendar músicas como você faz quando conta a um amigo sobre alguma banda, com algumas sugestões e muito contexto, em vez de apenas uma lista de artistas relacionados.
Durante o bate-papo, Glass aproveitou para falar sobre a reação ao disco Babel, do Mumford & Sons, que acabou de render seis indicações ao Grammy para a banda. Com Babel tendo estreado no número um da lista de mais vendidos (foram 600 mil cópias comercializadas na primeira semana) nos EUA e quebrando recordes de streaming no Spotify, o disco se tornou um exemplo de que serviços de streaming não prejudicam as vendas.
Ulrich e Parker representaram a reunião das duas figuras mais emblemáticas da célebre disputa por direitos entre o Metallica e o Napster no final dos anos 90. Os dois estão mais calmos ultimamente – o Metallica acaba de incluir seu catálogo no Spotify –, mas nem sempre foi assim.
“Nós apenas queríamos controlar o que estava acontecendo com a nossa música, porque foi isso que sempre fizemos”, disse Ulrich, explicando a posição da banda na época. “Acabou se tornando o Metallica contra seus fãs, o que nunca foi o objetivo.”
E a banda agora está no Spotify. “Com o tipo de alcance global que [o Spotify] tem, estávamos prontos para nos juntar assim que conseguíssemos o controle das nossas próprias masters”, ele afirmou.
Agora é esperar que o serviço chegue logo ao Brasil.
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