Recentemente, os assédios e abusos do ícone francês ganharam destaque com a declaração da cantora Lio
Redação Publicado em 23/09/2020, às 08h14
Serge Gainsbourg foi um célebre músico que conquistou a França com letras libidinosas e se tornou um sex symbol nos anos 1960 e 1970. Porém, quase 30 anos depois da morte, Gainsbourg chama atenção novamente na indústria da música ao se tornar alvo de acusações de abuso. (Via Daily Mail)
Após o movimento #MeToo ganhar repercussão no mundo inteiro e conseguir expor os crimes do produtor norte-americano Harvey Weinstein - condenado a 23 anos de prisão no início deste ano, a cantora Lio decidiu denunciar o comportamento de Gainsbourg.
"Eu 'larguei mão' de Gainsbourg, que é simplesmente um assediador. Não era legal com as garotas... Um Weinstein da música... Ele se tornou um aristocrata da música francesa, mas não vou homenageá-lo. Eu experimentei por mim mesma esse seu comportamento", declarou a artista, que também está entre os nomes de prestígio da França.
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Durante a vida, Gainsbourg foi alvo de diversas polêmicas, as quais, por alguma razão, não afetaram o legado do artista. O Daily Mail cita diversos casos, como quando ele escreveu “Les sucettes”, em português, “Pirulitos”, e assustou a cantora France Gall com o duplo sentido da canção.
“Je t’aime” é outra música famosa de Gainsbourg. Ela foi originalmente gravada com Brigitte Bardot e, mais tarde, ganhou uma versão polêmica com Jane Birkin. Na gravação considerada explícita, os músicos imitam sons de um orgasmo feminino.
Jane foi uma das parceiras de Gainsbourg e chegou a confessar que o marido “deve ser a pessoa mais pervertida possível”.
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Whitney Houston foi uma das vítimas dos assédios do músico. Na década de 1980, a cantora participou do programa Champs-Élysées ao lado de Gainsbourg, que estava visivelmente alterado, e disparou: “Eu quero te fod**”.
Outro caso extremamente polêmico aconteceu com a filha do artista, Charlotte Gainsbourg, quando tinha apenas 14 anos. Em 1984, o músico escreveu a canção “Lemon Incest” e cantou: “O amor que nunca faremos juntos é o mais bonito, o mais raro, o mais desconcertante”.
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