- Sérgio Reis (Foto: Reprodução / Instagram)

Sérgio Reis defende o exército na rua e nega ditadura: ‘Se o povo não pedir, o exército não vai fazer nada’

O cantor sertanejo ainda criticou a imprensa e o posicionamento dos veículos contrários ao presidente

Redação Publicado em 18/05/2020, às 08h24

Sérgio Reis defendeu o direito dos cidadãos de irem às ruas em plena pandemia de coronavírus para pedir a intervenção do exército no governo. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o cantor sertanejo elogiou Jair Bolsonaro e negou a ditadura militar no Brasil.

“Esquece a política, se ponha no lugar do Bolsonaro. Esse homem não dorme mais, pelo amor de Deus. É um cargo muito pesado, tem que ser capitão do Exército para aguentar. E se o povo não sair na rua pedindo Exército na rua, o Exército não vai fazer nada. A esquerda já está tomando conta.”

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O músico, que está isolado na casa dele de quase 2.5000 metros quadrados na serra da Cantareira, em São Paulo, completou: “Aqui nós estamos numa democracia, cada um tem o direito de escolher o seu destino. Se ele acha que não vai pegar, que saia e vá trabalhar e vá se defender. Se pegar, corre para o Pacaembu [local do hospital de campanha construído pela Prefeitura de São Paulo]”.

Reis testemunhou o início da ditadura militar aos 24 anos de idade, contudo ele negou o golpe de estado ou a existência de um ditador no poder. Ele ainda disse que não teve problemas com as autoridades pois “não ficava fazendo guerra, guerrilha, nada”, apenas “trabalhava, ia fazer show e cantava”.

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“Não tivemos ditadura, não tivemos ditador no Brasil. Chico Buarque, Caetano [Veloso], [Gilberto] Gil, eram todos da esquerda. O governo, para não mexer com eles, que eram famosos na época, falou: ‘Sai do país, vai ficar lá fora, depois vocês voltam’. Depois voltaram. O Gil chegou a ser ministro da Cultura”, disse o cantor. 

Com o DOI-CODI - Destacamento de Operações de Informação / Centro de Operações de Defesa Interna e DCDP - Divisão de Censura de Diversões Públicas, os artistas brasileiros como Caetano Veloso, Rita Lee e Geraldo Vandré foram censurados, presos e até mesmo torturados pelos militares.

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Além disso, os cidadãos estavam sob a vigilância e julgamento de grupos de extermínio, como o Esquadrão da Morte, destinado a executar suspeitos de crimes. Como resultado, a cidade de São Paulo registrou um aumento de quase seis vezes no número de mortes por 100 mil habitantes, segundo o dossiê da Superinteressante e dados do O Estado de São Paulo.

Em 2014, o sertanejo foi eleito como deputado federal pelo partido PRB e participou da votação do processo impeachment de Dilma Rousseff. Apoiador de Bolsonaro, o músico e político votou “sim” e declarou: “Não é possível que nós tenhamos 10 milhões de desempregados, o povo morrendo nos hospitais e ninguém faz nada”.

O sertanejo também criticou a mídia, particularmente a Folha de S.Paulo. “Não sei quem são os diretores desse jornal, quem é seu chefe, ele deve ser esquerdinha, deve ser PT, deve ser comunista para não gostar do Bolsonaro. Ser contra um presidente que está consertando o país ou é burro, ou é petista”, disse o Reis.


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