Para chegar a essa conclusão, Stanley Wells e Paul Edmondson analisaram 182 sonetos do poeta
Redação Publicado em 26/08/2020, às 08h49
Já se passaram mais de 400 anos desde a morte do poeta William Shakespeare, que viveu entre 1564 e 1616. Durante todos esses anos, sempre existiu o mistério sobre a sexualidade do escritor entre estudiosos e fãs dele. Os pesquisadores Stanley Wells e Paul Edmondson afirmaram que o dramaturgo era "inquestionavelmente bissexual". A informação é do Uol.
De acordo com o The Telegraph, o estudo da dupla de pesquisadores será publicado pela Universidade de Cambridge. Os dois analisaram 182 sonetos, dos quais 154 eram tradicionais e 28 de peças. Wells e Edmondson chegaram à conclusão de que, de todas essas obras, 27 eram para homens, 10 para mulheres e 145 abordavam desejar alguém no geral - um exemplo deste último é o icônico Soneto 18.
"A linguagem sexual em alguns sonetos, que são definitivamente endereçados a homens, nos deixa sem quaisquer dúvidas de sua bissexualidade. Nos anos 1980 virou tendência dizer que ele era gay, mesmo ele sendo casado, com filhos", constatou Paul Edmondson ao Telegraph (via Uol). "Alguns destes sonetos eram endereçados a homens e outros a mulheres. Referir-se a ele como bissexual parece uma forma original de falar deste tema".
O estudo será publicado através da editora da Universidade de Cambridge em setembro deste ano. Os dois pesquisadores escreveram: "Leituras biográficas que entendem erradamente a coleção de Shakespeare como uma coleção única buscam por uma única e determinada narrativa, que, de fato, não existe".
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