Shogun surgiu visivelmente mais magro para a luta com Gustafsson - AP

Shogun perde luta e fica distante do cinturão do UFC

Brasileiro enfrentou o sueco Alexander Gustafsson neste sábado, 8, e saiu derrotado após três rounds

Thiago Arantes Publicado em 09/12/2012, às 07h01 - Atualizado às 09h53

O brasileiro Maurício Shogun Rua entrou no octógono da KeyArena, em Seattle, neste sábado, 8, com o sonho de voltar a disputar o título do UFC. Mas, depois de três rounds contra o sueco Alexander Gustafsson, Shogun perdeu duas vezes: saiu derrotado da luta e ficou mais distante da luta para recuperar o cinturão dos meio-pesados.

Nação de lutadores: o jeitinho brasileiro foi essencial no processo de transição do Vale-Tudo para o MMA.

Antes de o combate começar, os dois lutadores receberam uma promessa: o vencedor disputaria o título da categoria. O atual campeão é o norte-americano Jon Jones, um dos grandes astros do MMA mundial. Em abril, ele enfrentará Chael Sonnen, em luta na qual é franco favorito. O rival seguinte de Jones poderia ser Shogun; mas será Gustafsson.

O sueco venceu a luta por decisão dos árbitros, após três rounds bem diferentes. O primeiro foi um show de ambos, com vantagem para o sueco; o segundo teve Shogun mais agressivo, mais ainda assim inferior ao adversário. No terceiro, Gustafsson deu um baile de estratégia e boas quedas, impedindo qualquer ação do brasileiro.

Gustafsson chegou ao combate deste sábado com um currículo de respeito. Em suas 15 primeiras lutas, ele havia vencido 14, sendo cinco delas em sequência, e a última contra o brasileiro Thiago Silva, em abril. Agora, ele chega a 15 vitórias em 16 lutas.

Shogun, por sua vez, buscava a primeira sequência de duas vitórias no UFC desde 2009. O paranaense havia vencido Brandon Vera em agosto e, diante de Gustafsson, tinha a chance de voltar ao topo da lista de desafiantes pelo cinturão.

No octógono, o brasileiro parecia mais magro do que nas lutas anteriores. A forma física refletiu-se na luta, com Shogun conseguindo se manter com boa resistência nos dois primeiros rounds. A promessa de uma chance de disputar o cinturão fez os dois lutadores começarem a disputa com uma disposição impressionante. Aos 30 segundos, Gustafsson derrubou Shogun, que foi ao chão. Mas Shogun conseguiu recuperar-se e ficou em posição favorável, tentando uma chave de calcanhar que quase finalizou a luta; o sueco conseguiu escapar e levou vantagem até o fim do round.

No segundo assalto, Shogun foi mais agressivo e conseguiu equilibrar o combate. Mas Gustafsson conseguiu defender-se bem e manteve a vantagem por pontos. O último round começou com o brasileiro precisando de um nocaute ou finalização para vencer o duelo.

Mas Shogun não conseguiu nem nocautear, nem finalizar o sueco. Pelo contrário. Cansado, acabou dominado por um rival que conseguiu amarrar bem a luta, derrubando o brasileiro com facilidade e impressionando os juízes – as contagens finais foram de 30-27, 30-27 e 30-26 em favor de Gustafsson.

Agora, o sueco de 25 anos fará o duelo pelo cinturão, muito possivelmente contra Jon Jones. Os dois têm características semelhantes – são altos, esguios, de grande envergadura. Para Shogun, o futuro deve reservar um longo caminho rumo a mais uma chance de cinturão. O paranaense volta para o fim de uma fila em que estará atrás de lutadores como Lyoto Machida, Phil Davis, Rashad Evans e Glover Teixeira. O sonho de ser campeão novamente ficou muito, muito distante.

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