Sky Ferreira tenta recuperar músicas após separação 'preocupante' da gravadora

Artigo publicado em 2 de dezembro de 2024 na Rolling Stone, para ler o original em inglês clique aqui.

Sky Ferreira está sendo franca sobre se tornar independente. Em uma nova entrevista à Vogue sobre sua música "Leash" para o filme de Nicole Kidman, Babygirl (2024), a musicista compartilhou por que não pode simplesmente regravar as músicas que fez sob seu antigo selo, Capitol Records.

"Ainda estou tentando descobrir as palavras que posso usar para falar sobre isso sem me meter em problemas. Mas também não me importo muito em me meter em problemas, porque o que mais eles podem realmente fazer comigo neste ponto?" Ferreira disse à revista sobre seu antigo selo. "Meu relacionamento com eles foi obviamente um pouco complicado, e nunca foi muito simples de explicar."

Quando perguntada se ela pode lançar as músicas que gravou enquanto estava contratada, ela afirmou que "não pode agora", mesmo dizendo que pagou por suas sessões de estúdio. Ela comparou ser descartada pelo selo a "alguém que sai da prisão e não sabe o que fazer consigo mesmo."

"Estou trabalhando para tentar recuperar algumas dessas músicas, mas não estou conseguindo todas. É um processo tão complicado e eu tenho que descobrir como fazer toda essa merda sozinha agora", disse ela. "As pessoas continuam me dizendo para simplesmente regravar as músicas e é como, sim, Taylor Swift pode fazer isso porque é bilionária, mas basicamente coloquei todo o dinheiro que já ganhei como artista de volta em fazer música. Acho que a maioria dos músicos que conheço geralmente paga para trabalhar."

Ferreira havia revelado anteriormente que foi demitida por seu selo pouco depois do 10º aniversário de seu álbum Night Time, My Time (2023) e "após meses de não ter retorno deles."

"Eles me impediram de lançar novas músicas por 10 anos como uma forma de me fazer parecer incapaz disso, como se fosse minha culpa por não ter tecnicamente nada do que eu gravei", ela disse à Vogue. "Eu já estava temendo o 10º aniversário do meu álbum porque é triste. Eu deveria poder comemorar algo assim, porque, enquanto este álbum existiu, as pessoas ainda se importam com ele."

Ela acrescentou: "Eles querem que eu pareça responsável arrastando isso e me impedindo de lançar música mesmo após já ser bloqueada de tantas outras oportunidades por causa deles."

Um representante da Capitol não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Rolling Stone.

Independentemente disso, Ferreira disse que se sente "libertadora" por ser independente, mesmo que ela esteja "ainda com raiva" sobre o rompimento com o selo.

"Fiquei catatônica por algumas semanas depois daquele e-mail. Não porque fui dispensada, mas por causa de como isso aconteceu", disse Ferreira. "Parecia que era o jeito deles de tentar quebrar meu espírito uma última vez. É meio que como quando alguém sai da prisão e não sabe o que fazer consigo mesmo. E é parecido de uma forma onde você ainda não tem direitos sobre tudo o que fez antes."

Em 2023, a cantora disse que estava sendo impedida de lançar música e que "não foi culpa minha" e "não é uma conspiração." (Naquele ano, seus fãs colocaram um outdoor na Times Square para apoiar sua liberação do selo.)

"Ser difícil ou nervosa não dá às pessoas o direito de prejudicar & travar minha carreira", disse Ferreira na época. "Estou em uma situação DIFÍCIL & tenho que ser difícil para passar por ela. Tenho que proteger meu trabalho & eu mesma de alguma forma? Muito disso é não ser permitido dizer ou fazer qualquer coisa que eu quero/preciso sem que seja descartado. A coisa que ativamente tentei evitar acontece & de alguma forma é revertida."