Duo francês foi a atração mais celebrada do palco principal no segundo dia do evento
Bruna Veloso Publicado em 13/05/2012, às 11h36 - Atualizado às 11h59
Nenhum artista do line-up do palco SonarClub, no festival Sónar, em São Paulo, foi tão celebrado pelo público quanto o Justice. Na madrugada deste domingo, 13, no Anhembi, o duo francês chegou a provocar uma espécie de histeria coletiva, em um mar de gente ou ostentando cruzes (o símbolo deles) com sticks de neon ou fazendo com as mãos os característicos “chifrinhos” do metal.
A palavra “ensandecida” se encaixa perfeitamente para descrever a reação dos fãs quando “Genesis” começou a ecoar pelo local, por volta de 0h35. Quando a cruz no centro do palco se acendeu, então, nada que Gaspard Augé (na foto, à esquerda) e Xavier de Rosnay pudessem fazer seria capaz de comprometer o clima de fanatismo que se instalou no show.
Augé é quem mais movimenta o corpo, enquanto Rosnay fuma cigarros quase sem tirá-los da boca. Eles são recebidos como rockstars – e, embora estejam encaixados nas prateleiras de CDs de música eletrônica, têm postura e visual de banda de rock. A começar pela parede de amplificadores Marshall que adorna o palco, como foi na primeira passagem deles pelo Brasil, no Skol Beats, em 2008. Deles, em vez de som, saem luzes que complementam a boa experiência visual proporcionada pela dupla, com jogo de luzes impecável e telão funcionando em sincronia com as músicas. Há ainda outros atrativos visuais: em “D.A.N.C.E.”, por exemplo, a estrutura da frente do palco se abre, dando espaço a um teclado, tocado por Augé, de costas para o público; já no final do show, canos brancos luminosos, lembrando um órgão de tubos, surgem repentinamente.
É curioso ver como o Justice ainda mantém acesa essa admiração do público mesmo tendo lançando a maioria dos hits há cinco anos. Audio, Video, Disco, o muito aguardado segundo disco, saiu em 2011, e nem de longe chega aos pés do primeiro, conhecido como Cross (2007). No Sónar, era visível a intensa alegria do público durante toda a apresentação, mas as músicas antigas claramente eram mais esperadas, como “DVNO”, a já citada “D.A.N.C.E.” e “Stress” (a faixa mais urgente de Cross, mesclada às luzes vermelhas nos amps Marshall, deu uma atmosfera quase claustrofóbica ao SonarClub, apesar do grande tamanho do espaço). “We Are Your Friends” foi cantada como um hino no fim da apresentação.
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