Star Wars: Os Últimos Jedi - Reprodução/Vídeo

Star Wars: Os Últimos Jedi - 14 coisas que descobrimos sobre o filme

Desde a criação dos Porgs até o motivo do retorno de J.J. Abrams à saga – algumas curiosidades sobre o longa que chega aos cinemas na próxima quinta, 14

Brian Hiatt Publicado em 07/12/2017, às 17h51 - Atualizado às 18h04

Na preparação para o lançamento de Star Wars: Os Últimos Jedi, a Rolling Stone EUA entrevistou o elenco e os criadores do filme para arrancar algumas curiosidades do grupo. Entre as confissões, Daisy Ridley (que interpreta Rey) relembrou que chorou quando soube que o diretor J.J. Abrams (de O Despertar da Força) retornaria para a saga, e Mark Hamill, o lendário Luke Skywalker, disse que aprendeu uma grande lição com o cineasta Rian Johnson, responsável pelo roteiro e pela direção do novo longa. Veja abaixo 14 fatos sobre a produção de Os Últimos Jedi, que chega aos cinemas na próxima quinta, 14.

1. J.J. Abrams não esperava dirigir o Episódio IX, que chega em 2019.. “Eu não pretendia voltar [para a saga]”, disse o diretor de O Despertar da Força (2015). “Mas quando apareceu a oportunidade de terminar a história que comecei, senti que era o momento para me superar. Aprendi muito com aquele filme e percebi uma chance de trabalhar a partir disso, dar um capítulo final para os personagens e de recuperar o espírito inicial. Era algo muito bom, que eu não podia deixar passar.”

2. Daisy chorou quando soube que Abrams voltaria. “Todo mundo disse que Rian [Johnson] seria o diretor [do Episódio IX], então eu fiquei realmente surpresa. Quando soube, disse ‘meu Deus!, e comecei a chorar. As pessoas no escritório não entenderam nada, mas eu mandei um e-mail para o J.J. dizendo o que tinha acontecido e ele respondeu falando que também estava chorando. Conversamos alguns dias depois, mas a verdade é que nunca perdemos contato.”

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3. Enquanto montava a história de Os Últimos Jedi, Johnson achou desafiador lidar com os “padrões” de Star Wars. “Qualquer fã de Star Wars consegue perceber que existem padrões em nossos cérebros sobre como as coisas devem acontecer nos filmes. É difícil, porque você não quer ser guiado por isso, mas também não quer fazer decisões criativas só para fugir disso. É uma linha tênue muito interessante, e eu senti que sempre tinha que estar consciente sobre os padrões, fosse para subvertê-los ou para trabalhar com eles. Você poderia dizer: ‘eu vou ignorar tudo e contar a minha história’, mas isso seria pura enganação. Você não pode deixar que eles sejam o centro, mas é necessário incorporá-los na narrativa, de uma maneira quase metalinguística.”

4. Para Johnson, a identidade dos pais de Rey é menos importante do que a reação da personagem à informação. “Eu realmente acredito que a descoberta tem que estar ligada a um grande impacto emocional, na verdade é a única coisa que importa. A surpresa é boa, mas não é suficiente por si só. Os efeitos da frase ‘Eu sou seu pai’ [de Darth Vader em O Império Contra-Ataca] são os que nos fazem lembrar dela, e não o fato de realmente nunca termos esperado que isso acontecesse.”

5. As histórias dos personagens principais terão mais peso dessa vez. “Existem mais conexões a fatos do passado”, disse Daisy Ridley. “Isso não existia muito em O Despertar da Força, porque estávamos vivendo uma aventura física, mas eu amo saber que cada passo dos personagens têm um porquê. É tudo muito influenciado pelo que já aconteceu.”

6. Johnson prestou muita atenção ao flashback em O Despertar da Força, que dá pistas sobre o passado de Rey – mas também assistiu ao resto do filme “milhares de vezes”. “Eu amo O Despertar da Força, e meu trabalho era continuar aquela história. J.J. me deu tudo o que eu precisava, que era o primeiro capítulo de uma história. Eu tinha que escrever o segundo, o que se torna falho caso a trama não continue de forma orgânica. Então claro que o flashback foi essencial, mas a dinâmica entre cada um dos personagens também foi. Na verdade, eu estudei O Despertar da Força incansavelmente.”

7. Porgs, as adoráveis e felpudas pequenas criaturas do novo filme, tiveram uma origem simples. “A primeira vez em que exploramos Skellig Michael, ilha onde filmamos as cenas com Luke, encontramos centenas de papagaios-do-mar”, conta Johnson. “O lugar é um santuário de pássaros. E quando vi aquilo pensei: ‘OK, precisamos fazer uma versão Star Wars deles’. Eu também estava procurando coisas leves e engraçadas na ilha, e essa combinação resultou nos Porgs. Eu amo muito eles!”

8. Veremos algo “mais interessante” da Capitã Phasma, interpretada por Gwendoline Christie. “Definitivamente vocês terão mais ação”, promete a atriz. “Acho que há algo muito interessante em uma batalha de desejos, não? O Despertar da Força constrói o relacionamento entre a Capitã Phasma e Finn. Eu amo que John Boyega, que é maravilhoso, a descreve como a ‘pior chefe que ele já teve’. Rian costumava dizer isso também, antes de começarmos as gravações. Existe algo debilitado, vingativo e depreciativo sobre esse relacionamento.”

9. No começo do processo criativo, Johnson se juntou ao grupo de roteiristas da Lucasfilm porque não queria enlouquecer sozinho. “Eu queria muito ter alguém ao meu lado enquanto começava a história, mesmo antes de escrever. Para mim, a coisa mais amedrontadora foi ter que fazer isso sozinho. Tinha muito medo de não conseguir fazer tudo a tempo, de ficar estagnado em algum ponto. Então a primeira coisa que fiz foi me mudar temporariamente para São Francisco. Aí, enquanto pensava e colocava ideias no papel, ia pelo menos uma vez por semana ao grupo de roteiristas e vomitava tudo o que passava pela minha cabeça.”

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10. Mas os roteiristas não puderam fazer muito além de manter Johnson no caminho para se tornar o próximo cânone da saga. “Eu tinha que continuar a história de O Despertar da Força, e lutar com a imagem de Star Wars implantada na minha mente há 40 ano e fazer um novo filme da saga. Então a relação com eles, pessoas inteligentes em quem eu confio, foi muito boa. Eu compartilhava ideias, e não senti que tive meus pensamentos podados. Eu queria mais uma permissão para fazer as coisas. Afinal, quando você está fazendo algo tão grande e assustador como um filme Star Wars, ter a permissão para ser estranho já é algo que ajuda muito.”

11. Mark Hamill aprendeu uma grande lição com Johnson. “Teve vezes que eu disse para o Ryan que nós tínhamos que pensar no que o público queria. Mas ele sempre me dizia: ‘não, temos que pensar no que nós queremos.’ E isso foi um processo de aprendizagem para mim.”

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12. Ainda que Carrie Fisher tenha terminado as filmagens antes da trágica morte dela em dezembro de 2016, ela não havia completado as regravações dos diálogos em estúdio, o que causou alguns problemas técnicos. “Tivemos que trabalhar muito no áudio, o que foi difícil, mas conseguimos ter sucesso”, conta Johnson. “Temos um ótimo time de som e pudemos trabalhar com pequenos trechos para fazer o áudio da Carrie funcionar. Você tem que fazer o que for necessário.”

13. Kelly Marie Tran (que interpreta a nova personagem Rose Tico) pensa muito sobre ser a primeira atriz com descendência asiática na saga. “Eu amaria viver em um mundo em que ninguém tivesse que representar um grande número de pessoas, simplesmente pelo fato de não haver muitas delas em filmes ou na TV. Eu gostaria que milhares de pessoas diferentes ocupassem esses cargos. Mas obviamente não é assim, e penso frequentemente nisso. John [Boyega] também falou comigo sobre isso no set. Estávamos gravando e John me disse: ‘Kelly, estamos fazendo história’.”

14. Hamill acredita que vai levar um tempo até ele decidir o que realmente acha sobre Os Últimos Jedi. “Agora que terminamos, o filme é do público”, disse. “Então se as pessoas estão esperando que eu saia falando o que eu acho sobre ele, vão ficar desapontadas, porque vai levar um bom tempo. Só agora me sinto pronto para falar sobre O Império Contra-Ataca! [risos].”

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