A final entre Seattle Seahawks e New England Patriots foi realizada no estádio da Universidade de Phoenix, em Glendale, no Arizona; Lenny Kravitz cantou "I Kissed a Girl" em uma rápida participação
redação Publicado em 02/02/2015, às 00h34 - Atualizado às 01h12
No fim das contas, não era tão segredo assim, mas a convidada surpresa de Katy Perry para a performance no intervalo do Super Bowl XLIX era Missy Elliott - e ela roubou a cena. Sem querer, Missy conseguiu até apagar até o aguardado convidado especial Lenny Kravitz, que cantou o primeiro hit da anfitriã Katy, "I Kissed a Girl", ao lado dela. Os três artistas subiram ao palco neste domingo, 1º, no estádio da Universidade de Phoenix, em Glendale, no Arizona, durante a disputa entre Seattle Seahawks e New England Patriots, que realizaram a partida final do campeonato de futebol americano.
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O Super Bowl, maior evento em termos de audiência nos Estados Unidos - e também o mais lucrativo -, é um verdadeiro fenômeno da publicidade, sendo que o preço para a exibição de uma propaganda durante o horário comercial do jogo fica na casa dos milhões de dólares. Sendo assim, cada vez mais, artistas de grande porte têm visto a transmissão da partida como a melhor vitrine para lançamentos, reuniões e outros momentos marcantes da carreira deles. Nos anos recentes, o intervalo do Super Bowl contou com shows de Bruno Mars (com a polêmica participação de Red Hot Chili Peppers), Beyoncé, em uma aguardada reunião com o grupo Destiny’s Child, Bruce Springsteen e Madonna - sendo que Super Bowl de 2014 também viu o lançamento de um trecho de música do U2 como parte de uma campanha de combate à Aids. Este ano, o grande retorno de Missy Elliott foi o destaque.
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Em 2015, Katy, usando figurinos assinados pelo renomado estilista Jeremy Scott, de quem ela é amiga pessoal, aproveitou essa exposição toda para dar uma amostra concisa da explosão pop que costuma exibir em seus shows. Atração confirmada do Rock in Rio 2015, Katy sempre abusa dos figurinos coloridos (que ela troca entre as músicas com rapidez impressionante), cenários extravagantes, efeitos especiais e das estripulias que toda cantora pop gosta de fazer no palco. O pocket show não deveu em nada para um show normal de Katy Perry, que começou cantando "Roar" sentada no topo de um felino cenográfico - se semovente - gigante. Em seguida, para "Dark Horse", o palco virou um grande tabuleiro de xadrez. Logo depois (nenhuma música foi executada na íntegra), a anunciada participação de Lenny Kravitz resumiu-se a uma performance dos primeiros versos de "I Kissed a Girl", primeiro sozinho, depois com ela e muitos efeitos pirotécnicos. Quem piscou, perdeu.
Com mais uma de suas já famosas trocas de roupa super eficientes, Katy logo voltou, agora para um cenário todo colorido, muito mais condizente com a energia de "Teenage Dream" e "California Gurls", que vieram a seguir.
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A melhor parte ainda estava por vir. Missy Elliott, a convidada que era para ser surpresa (mas cuja participação no evento já era especulada esta semana), era o toque "nostálgico" a que Katy Perry se referia em uma entrevista coletiva realizada há poucos dias. O púbico, que já havia cantado com Katy em "California Gurls", se animou mesmo com o medley de hits de Missy: "Get Ur Freak On", "Work it" e "Lose Control".
A eterna polêmica do material pré-gravado
Há anos - mas especialmente desde a já citada participação do Red Hot Chili Peppers, anos passado - não é mais segredo que as performances durante o intervalo do Super Bowl não são exatamente o show totalmente ao vivo que a produção costumava vender - mas isso não deveria refletir negativamente na credibilidade dos artistas. Com cerca de 15 minutos de duração, muitas variáveis e pouquíssimo tempo para a montagem e a desmontagem do palco, é muito grande o risco de se fazer um complexo espetáculo visual e sonoro, com luzes e fogos, totalmente ao vivo e sem que nada dê errado. Dessa forma, por mais que alguns momentos aparentem ser fruto de bases pré-gravadas, prevalece o deslumbre visual e impressiona a agilidade com que ele é fabricado diante dos olhos, assim como em outros eventos esportivos, como abertura/encerramento de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. Katy havia prometido o maior número de sucessos que conseguisse fazer caber em 15 minutos e, com um catálogo impecável de singles número 1 e a ajuda de Missy Elliott, foi o que ela entregou.
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