'Eles não são apenas feios por fora, mas também por dentro', disse Duane 'Keffe D' Davis ao tribunal, que alega que as evidências foram adulteradas
Pedro Figueiredo (@fedropigueiredo) Publicado em 24/07/2024, às 14h22
Duane "Keffe D" Davis, suspeito pelo assassinato do rapper Tupac Shakur passou por uma audiência de fiança acalorada na última terça, 23, na qual ele atacou verbalmente promotores e investigadores no tribunal de Las Vegas.
A audiência foi uma continuação do que se iniciou em 26 de junho, onde um juiz rejeitou um pagamento inicial de US$ 112.500 para garantir a fiança de US$ 750.000 de Davis, e apontou que o pagamento — supostamente do executivo musical Cash "Wack 100" Jones — estava vinculado a uma entrevista exclusiva com o suspeito.
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A juíza do Tribunal Distrital do Condado de Clark, Carli Kierny, reiterou essas preocupações, e ressaltou que se o pagamento da fiança fosse um "presente" vindo de alguma empresa de entretenimento terceirizada e não uma conexão familiar, Davis teria pouco incentivo para cumprir as ordens e comparecer ao julgamento.
Os promotores, que defendem que o réu permaneça atrás das grades até o julgamento, argumentaram que, sob a lei de Nevada, os criminosos não podem lucrar com seus crimes, o que é essencialmente o que Davis estaria fazendo ao conceder uma entrevista exclusiva em troca do dinheiro da fiança. No entanto, o advogado do suspeito, Carl Arnold, argumentou que, como ele ainda não foi condenado por nenhum crime, essa lei não se aplica.
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Por fim, a juíza Kierny adiou a decisão sobre a fiança por mais uma semana, período durante o qual a equipe de Davis deve fornecer mais documentação sobre a origem do pagamento de US$ 112.500, segundo informações divulgadas pela Associated Press.
Davis se exaltou durante a conclusão da audiência, e chegou a gritar com os dois promotores por “destruir minha família nisso”. “Eles não são apenas feios por fora, mas também por dentro”, disse. “Esses dois caras aqui.” Ele ainda acusou um investigador da polícia de Los Angeles de adulterar as evidências, ao que a juíza respondeu que não havia provas dessa alegação, nem o próprio advogado dele havia entrado com uma moção alegando que as evidências foram adulteradas, informou a Fox 5 Vegas.
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Falando à Associated Press após a audiência, o investigador aposentado Greg Kading disse que não perde “o sono pelo fato de um assassino confesso estar em desacordo comigo por compartilhar informações sobre seu envolvimento em um assassinato. Nada do que ele disse revela novas informações. É bem conhecido. Foi baseado em recursos investigativos de quando eu estava no departamento de polícia de Los Angeles.”
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