Marcelo Jeneci - Divulgação / Ariel Martini

“Tenho metade do disco na mão”, diz Marcelo Jeneci sobre sucessor de Feito Pra Acabar

O novo álbum, ainda sem nome definido, será lançado com o auxílio do programa Natura Musical entre maio e junho de 2013

Pedro Antunes Publicado em 16/12/2012, às 11h18

Em Feito Pra Acabar, lançado em dezembro de 2010, tudo era uma grande novidade para Marcelo Jeneci. Ele estava longe de ser um iniciante, afinal, como músico e compositor, já havia trabalhado com gente do calibre de Vanessa da Mata e Arnaldo Antunes. Mas embora o músico tenha passado uma década na estrada antes do disco de estreia, os últimos dois anos foram de muito aprendizado para ele.

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Em entrevista à Rolling Stone Brasil, em evento organizado para anunciar os selecionados para participar do edital Natura Musical, isso ficou evidente. A própria postura dele está diferente, mais magro, barba por fazer, esbanjando autoconfiança. Tudo vivido nesse período – em especial a experiência em cima do palco – será refletido no prometido segundo disco de Jeneci. Principalmente o peso e a urgência do ao vivo.

“Agora eu tenho essa experiência de troca com o público”, disse Jeneci. “As músicas serão pensadas em como vão soar ao vivo”, explicou. O álbum será mais curto e direto, promete ele. Jeneci avisa que em janeiro e fevereiro de 2013 reunirá todo o material produzido nestes dois últimos anos de apresentações pelo país. “Tenho metade do disco na mão”, explica. Depois de juntar os quebra-cabeça de versos, estrofes e refrães, ele pretende lançar o disco entre maio e junho.

Jeneci não integra o time de compositores que precisa de isolação ou de um cantinho especial para conseguir reunir alguns versos. “Componho muito em avião”, diz ele. “Para esse disco, muitas canções vão vir dessa forma.” O músico também descobriu um maneirismo para compor: para ele, quanto pior ele souber tocar o instrumento de apoio, melhor para a música. “Assim eu me distancio da vaidade do virtuosismo”, justifica. A ignorância no instrumento dá a ele a possibilidade de se dedicar mais aos versos do que ao instrumental. “É engraçado isso”, diz ele. Na safra do primeiro disco, por exemplo, o instrumento escolhido foi o violão.

Da nova safra, “Doce Loucura” pode ser encontrada em algumas gravações de pouca qualidade na internet, mas já é possível perceber que ela bebe da fonte mais romântica do compositor. O futuro trabalho ainda trará “canções de amor, desamor, falar sobre essa finitude, sobre a espera”. “Mas também quero novas coisas, como falar sobre a relação com o pai, com a mãe”, explica Jeneci. “Cresci indo frequentando a igreja evangélica, acho que tem coisas a explorar sobre isso, entende?”

Em time que está ganhando...

A banda que o acompanhou nestes dois anos deverá se manter no novo trabalho, são eles: Laura Lavieri (voz), Régis Damasceno (baixo), Gustavo Ruiz e Estavan Sinkovitz (guitarras), Richart Ribeiro (bateria) e Bruno Buarque (percussão). Na produção, Kassin também deve voltar.

Questionado sobre a participação de Laura Lavieri neste novo trabalho, já que a moça esboça um começo de carreira solo, Jeneci se cala por alguns segundos. Por fim, responde: “É, acho que vamos trabalhar ainda mais próximos nesse disco”. É bom lembrar que a cantora emprestou seu vozeirão em quase todas as faixas do primeiro álbum, e ainda interpretou sozinha a bela “Longe”.

Arthur Verocai e sua orquestra de cordas, que trouxe mais elegância para as 13 canções de Feito Pra Acabar, deve estar de volta. Verocai, aliás, estava nas duas belas apresentações com ingressos esgotados no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, as primeiras em que Jeneci aparecia como artista solo, já com o álbum lançado. “Em um primeiro momento, o teatro pode ser assustador, mas depois ele fica muito melhor”, relembra.

A despedida de Feito Pra Acabar foi com o lançamento do vinil, em novembro deste ano. O disco (R$ 79,90), contudo, precisou ser encurtado para se encaixar no novo formato. Desta forma, ficaram de fora “Jardim do Éden”, “Café com Leite de Rosas”, “Show de Estrelas” e “Tempestade Emocional” – todas, com exceção da última citada, são coincidentemente as mais solares do disco. Coincidência? “Não, não!”, nega o músico. “Elas são mais pop. E o público do vinil é mais indie, né?”

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