O esquema veio à luz quando a empresa Naussany Investments & Private Lending LLC tentou leiloar o imóvel, alegando que Lisa Marie Presley, falecida filha do cantor, havia colocado a escritura da mansão como garantia de um empréstimo
Redação Publicado em 29/05/2024, às 14h48
Recentemente, uma trama digna de roteiros de cinema veio à tona, envolvendo a casa de uma das maiores lendas da música, Elvis Presley. Graceland, a icônica residência do rei do rock, foi alvo de uma tentativa de venda fraudulenta que chamou a atenção da mídia e das autoridades.
O New York Times trouxe a informação que um golpista, operando a partir da dark web, reivindicou os créditos pela tentativa de articulação dessa venda. Este indivíduo não só confessou este intento como revelou outros esquemas de roubo de identidade. Segundo ele, sua rede focava principalmente em vítimas mais velhas e desavisadas, explorando documentos como certidões de nascimento para coletar informações pessoais essenciais.
O esquema veio à luz quando a empresa Naussany Investments & Private Lending LLC tentou leiloar Graceland, alegando que Lisa Marie Presley, falecida filha de Elvis, havia colocado a escritura da mansão como garantia de um empréstimo de 3,8 milhões de dólares.
Naussany procurou, posteriormente, resolver essa dívida, tentando arrecadar 2,85 milhões de dólares do trust da família Presley, agora sob administração de Riley Keough, neta de Elvis.
Riley mostrou-se cética quanto às exigências e tomou providências legais, conseguindo impedir a venda ao alegar que as assinaturas de sua mãe haviam sido forjadas. A batalha legal destacou que a Naussany era uma “entidade falsa criada com o propósito de defraudar” o imóvel de Presley.
Diante dos acontecimentos, o escritório do procurador-geral do Tennessee, Jonathan Skrmetti, declarou que abrirá uma investigação sobre Naussany. Apesar do golpista ter desfrutado brevemente da ideia de ludibriar os sistemas legais e financeiros, ele não obteve sucesso em suas malversações em relação à Graceland.
Durante o processo, surgiu um comunicado inesperado de um individuo autoproclamado Gregory E. Naussany, solicitando mais tempo para preparar uma defesa. Todavia, esta manobra não impediu que a venda fraudulenta fosse rapidamente bloqueada pelos tribunais.
No panorama de ataques cibernéticos e fraudes via dark web, o caso de Graceland ressalta não apenas a audácia dos criminosos virtuais, mas também a vulnerabilidade de personalidades públicas e suas famílias a esse tipo de ameaça. A investigação contínua promete trazer mais detalhes à luz e, possivelmente, mais medidas preventivas contra este tipo de crime.
* Matéria originalmente publicada no site Perfil Brasil.
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