Apesar da má qualidade do som, banda fez boa apresentação no Estúdio Emme, na noite desta quinta, 31
Por Patrícia Colombo Publicado em 01/04/2011, às 19h49
Alterada dia 1 de abril, às 19h41
Algumas letras podem até ser carregadas de altas doses de melancolia, sofrimento ou morbidez, mas a melodia ensolarada da maioria das músicas do The Drums tem poder tão grande nas canções do grupo que o resultado acaba sendo paradoxal: um público gritando dores de amor ou tristeza e dançando com um sorriso no rosto. A banda nova-iorquina lotou o Estúdio Emme, em São Paulo, nesta quinta, 31, em sua primeira passagem pelo Brasil e, apesar da péssima qualidade do som, saiu com a plateia ganha.
Em apresentação de uma hora de duração (iniciada às 23h15), os integrantes misturaram no repertório faixas de seu EP de estreia, Summertime!, lançado em 2009, canções do primeiro álbum, The Drums (2010), e ainda mostraram uma inédita, "Money", que integra a tracklist do próximo disco, material que deve chegar às lojas no final deste ano (leia aqui entrevista com o baterista Connor Hanwick). Segundo o frontman Jonathan Pierce, esta foi a primeira vez que a música foi executada ao vivo fora de Nova York. Além da batida acelerada e dançante, parte do DNA do Drums, a faixa traz composição que segue a simplicidade igualmente característica da banda: "I want to buy you something, but I don't have any money" ("Quero comprar algo para você, mas não tenho dinheiro", em português), diz um dos trechos.
Os hits mais aguardados, que contaram com empolgação generalizada, foram "Let's Go Surfing" e "Best Friend", executados ao som do coro vindo da plateia. Contudo, mesmo as músicas menos conhecidas do Drums são dançantes e não permitem que as pessoas fiquem paradas, o que resultou em uma apresentação coesa e animada, seguindo à risca o "vamos nos divertir hoje, ok?", dito por Pierce no início da apresentação. Integraram o set list canções como "I Felt Stupid", "I Need Fun in my Life", "It Will All End In Tears" (mais sombria que as demais), "Forever And Ever, Amen", "Me and the Moon", "The Future" e "Down by the Water" (que encerrou a noite).
Durante a noite, Jonathan Pierce se mostrou bastante surpreso com a recepção do público brasileiro à música do Drums. "Este deve ser um dos melhores shows que já fizemos. E, claro, por causa de vocês. Esperamos voltar assim que pudermos", prometeu ele, que, para a realização do bis, trocou sua regata preta (que trazia o número 10) por uma camisa do Brasil, número 9, com o nome da banda nas costas. Pierce, aliás, é um show a parte dentro do universo do Drums. Sua voz peculiar traz modernidade ao som fortemente influenciado pelo rock britânico oitentista (de bandas como The Cure e Smiths) e pelos moldes de fácil assimilação obtidos a partir da música pop (o grupo é fã declarado do gênero). Ele também é performático, não economizando em passos de dança que acompanham as batidas produzidas pela banda.
Quanto aos outros integrantes (Jacob Graham, nos teclados e efeitos, e Connor Hanwick, que assumiu a guitarra, somados a dois músicos de apoio que acompanham o trio nas turnês), nada de interações muito significativas: cada um concentrado em seu instrumento, dedicando-se ao que realmente interessa, que é fazer música. O show do Drums é simples como é o próprio som da banda, e, muito por causa disso, agrada. É a diversão fácil no melhor sentido.
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